Capítulo 22: Limitando os acessos
Patrício me estendeu um copo com água que eu peguei trêmula. Mas só quando o Alessandro passou os dedos pelo meu rosto percebi que eu estava chorando.
–
Calma, Catarina. Ele não tem poder nenhum para atingi–la. Não tenha medo, você não vai
perder seu emprego por causa desse imbecil. – Meu chefe falava docemente comigo enquanto passava a mão em minhas costas para me acalmar.
– Isso mesmo, Cat, não dê importância para o Junqueira, ele é um babaca. E você é uma mulher forte, não se deixe intimidar. – Patrício falou me dando apoio. 4
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–
E desde quando você toma a liberdade de chamar minha assessora por apelido?
Desde quando nos tornamos amigos. E não seja um chefe babaca também!
Ri da provocação entre os dois e meu chefe se levantou e segurou o meu queixo me fazendo olhar para ele. 2
– Babaca não, mas acho que meio cretino. – falou e piscou sorrindo. Por que esse idiota tinha que ser tão lindo!
–
Meu deus, gente, vocês dois estão evitando o inevitável! – Patrício falou sorrindo. – Mas, Cat, estava aqui falando com seu chefe que já fiz as reservas para o nosso jantar hoje e não adianta ele inventar desculpas, nós vamos desfrutar da companhia de duas mulheres incríveis hoje. Vamos ao Açafrão, é o restaurante preferido da Mari e você vai gostar muito de lá. Mas, Alessandro, eu não sei por que a Cat acha que você tem algum problema em que ela nos acompanhe esta noite. (6
– Imagina se eu teria problema, pelo contrário, vai ser uma delícia ter a Cat no jantar hoje. – Ele falou com certa dubiedade nas palavras e usando meu apelido com muita intimidade, olhando pra mim com um sorrisinho safado. – E lá tem uma torta de chocolate extraordinária, Cat! 4
– Mas que fixação é essa sua hoje em torta de chocolate, hein, irmão? Você já comeu uma de manhã, porque eu vi o prato na sua mesinha, comeu outra hoje durante a vídeo conferência e já está pensando em comer novamente no jantar? Vai acabar engordando, bonitão. – Patrício falou debochando. (7
– Ah, meu amigo, eu estou simplesmente viciado em torta de chocolate. – respondeu com um sorrisinho cafajeste e eu senti minhas bochechas queimarem. 5
Ouvimos uma batida na porta e a Mari entrou seguida pela Celeste.
– Cat, você está bem, querida? O Junqueira é realmente um homem desagradável, mas ele está passando dos limites Alessandro. – Mariana foi falando muito chateada.
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Capitulo 22: Limitando os acessos
– Eu estou bem, Mari, obrigada. Foi muito desagradável e me pegou de surpresa, mas não foi nada demais. – respondi segurando a mão dela. 2
– Fica tranqüila, Mari, eu vou tomar providências para que isso não se repita. Mas, você sabe se o Junqueira trata os funcionários com grosseria? – Alessandro perguntou curioso. 1
– Grosseria é pouco! Ele é grosseiro, ofensivo, opressor, desrespeitoso. É um traste, Alessandro. Sei porque você ainda o mantém aqui, mas está ficando difícil para quem tem que aturá–lo. – Mariana respondeu irritada.
–
Celeste, eu quero que o acesso a esse andar seja restrito à partir de agora. Cansei de ter gente tentando entrar em minha sala sem ser convidado e não quero que você e a Catarina continuem expostas a situações desagradáveis assim. – Alessandro pegou o telefone e colocou no viva voz – Danilo, quero um protocolo para restringir o acesso de pessoas à presidência. A Celeste vai lhe passar uma lista com os nomes de quem trabalha nesse andar, você vai providenciar uma senha do elevador para o Patrício, Rick, Catarina, Mariana, Celeste e para mim, os demais funcionários só entram com liberação da Celeste, bem como qualquer outra pessoa só entra com a liberação de um de nós que terá a senha. O elevador só deve chegar a esse andar com a liberação de um de nós. A porta das escadas de emergência também ficará fechada por
dentro. Também quero que você se reúna com os funcionários explique a nova diretiva. (11
– Sim, senhor. Será feito hoje ainda. – uma voz grave respondeu do outro lado. 3
Alessandro desligou e nos olhou.
– Todos entenderam? Isso deve frear os mais atrevidos. Celeste, pode ir. Muito obrigado. 3
Celeste saiu e fechou a porta. Patrício aproveitou para informar a Mari sobre o jantar. Conversamos um pouco e rimos enquanto o Patrício contava para a Mari como o chefe se tornou meu salvador. Ele era muito engraçado. 7
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