Capítulo 17: O chá de camomila
Peguei um café e sentei em minha mesa, ainda estava com as pernas bambas. Depois de alguns minutos chegou um e–mail do chefe com as diretrizes para que eu preparasse a reunião do dia seguinte. Rapidamente comecei com o trabalho, quando os funcionários começaram a chegar ao escritório eu já tinha tudo em ordem.
A Mariana chegou abraçada a um rapaz e me olhou surpresa.
– Cat, você caiu da cama? Bom dia!
–
– Bom dia, Mari! O chefe me pediu para chegar mais cedo para preparar a reunião de amanhã.
– Esse Alessandro. Não deixe ele transformar isso em hábito. 2
–
– Não vou deixar, não Mari. Mas foi bom, já estou com tudo preparado. – Olhei para ela e sorri.
fazer.
O rapaz que estava com ela me encarava com um sorriso extravagante. Era bonito, bronzeado,
por alto, com olhos castanhos, cabelos pretos um pouquinho mais compridos e a barba Vestia um terno elegante e usava óculos. 4
– Mari, meu chefe falou que a nova assessora era uma gata, mas ele não foi justo, ela é deslumbrante! – Ele falou com uma voz alegre e um jeito muito simpático. – Ela vai causar muita agitação nesse escritório. 1
–
Sim, Rick, ela é muito linda e a agitação já começou. – Mariana respondeu sorrindo. – Mas deixe eu apresentá–los. Rick essa é a Catarina. Cat, esse é o Rick, assessor do Patrício. Vocês vão trabalhar muito juntos, mas não se preocupe, Rick é um homem sério. 1
Cat, é um prazer conhecê–la. Pode contar comigo, inclusive para enxotar os urubus que vão
Rick estendeu a mão e eu a apertei sentindo que ele seria um bom amigo. 2
te cercar.
– É um prazer, Rick. 1
Passamos a manhã trabalhando juntos, pois eu e Rick teríamos que estar em sintonia. Durante toda a manhã meu chefe não deu sinal de vida mais. Às onze horas estávamos com tudo ajustado, trabalharíamos com a sincronia de um relógio suíço dali para frente. Eu e o Rick iríamos almoçar juntos, a Mari não iria conosco, ela passaria o resto do dia em vídeo conferência com a filial de Londres. Rick foi para a sala dele e eu finalmente me levantei para ir em busca de um café, quando ouvi um assobio conhecido levantei a cabeça sorrindo. 6
–
– Vai ser assim todos os dias, Patrício?
– Olha, Catarina, não era para ser não, mas o que você esperava com esse vestidinho? Você sabe
é linda. E o seu chefe está muito encrencado! – Ele me respondeu com um sorriso malicioso. – Falando nele, está no escritório? (2
que
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Ele mal acabou de falar e escutamos a porta abrir e a voz mal humorada do meu chefe repreender:
– Patrício, eu já te avisei!
Quando ele olhou para mim, vi fogo nos seus olhos, ele estava me comendo com o olhar. Eu não ia perder a oportunidade: 1
– Senhor, quer um chá de camomila? 8
Ele apertou os olhos e grunhiu. Patrício olhava a cena sem entender e um tanto confuso perguntou ao amigo: 2
– Desde quando você toma chá de camomila?
– Desde
que minha assessora resolveu testar minha paciência. – respondeu sem tirar os olhos de mim. 5
Eu sorri e, com muita gentileza, levei a mão ao peito e falei: 2
Eu jamais faria isso, Sr. Mellendez! Patrício, levo um café pra você? 1
– Sim, Catarina, por favor.
Saí caminhando lentamente até a copa, sentindo os olhos deles em meu corpo. O senhor estressadinho já deveria estar se arrependendo de brincar comigo. 6
Peguei o café e o chá, arrumei na bandeja e quando ia saindo a Margarida entrou e se dirigiu a mim estendendo a mão para pegar a bandeja. 6
– Catarina, me dá isso aqui, minha filha, não é sua função. 1
–
– Margarida eu não me importo. Pode deixar que eu levo o café para o meu chefe dessa vez. – Sorri para ela e saí com a bandeja. 2
Cheguei à porta da sala do meu chefe, dei uma leve batida e entrei. Caminhei suavemente, apoiei a bandeja na ponta da mesa, coloquei a xícara de café na frente do Patrício e o guardanapo, dei a volta na mesa e, de um jeito bem provocante, deixando meu decote bem na cara do meu chefe, coloquei a xícara de chá em suas mãos. Seus olhos brilharam em compreensão, ele sabia que iria torturá–lo e com o Patrício ali ele não faria nada. 9
Quando me virei para pegar o guardanapo, deixei que caísse no chão como que por acidente, curvei meu corpo para apanhar deixando minha bunda arrebitada bem na linha do olhar do Alessandro, me demorando mais do que devia para pegar o guardanapo e me erguer. Ele rosnou e eu sabia que o havia deixado em uma situação delicada de novo. 7
Ao me levantar, vi a cara divertida do Patrício olhando para aquela cena. Eu não estava nem aí,
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os dois eram amigos e eu tinha certeza que o meu chefe contava tudo para ele. Mas não tive tempo de falar nada, meu chefe se pôs de pé, agarrou o guardanapo em minha mão e antes que eu o soltasse falou calmamente com aquela voz rouca bem pertinho do meu rosto: 9
–
– Da próxima vez que você arrebitar essa linda bunda pra mim eu vou te colocar de quatro, esquecer que você é minha assessora e vou comer você até que implore para eu parar. Entendeu? 20
Olhei para baixo e vi o volume em sua calça de novo. Engoli em seco. Merda! O que esse homem tem? Eu já estava completamente excitada de novo. Mas ele era um deus grego, era um convite ambulante ao pecado. Eu estava completamente ferrada. 1
– Entendeu, Catarina? ele insistiu. 1
– S–s–im, senhor. 3
–
Do outro lado da mesa o Patrício gargalhou assistindo a cena. Olhando para nós dois ele não controlou sua língua solta:
– Vocês dois deveriam ir pra cama e transar logo, porque com a tensão sexual entre vocês isso será inevitável. Poupem energia e se poupem do estresse de tentar evitar o inevitável. 10
Nós olhamos para ele ao mesmo tempo e o fuzilamos com o olhar. Ele riu, pegou sua xícara de café e foi em direção a porta dizendo: (1
– Não digam que não avisei! 2
Quando nos encaramos novamente, o Alessandro fechou os olhos e passou as mãos no rosto frustrado. Eu já tinha percebido que ele fazia isso sempre que estava nervoso ou frustrado ou sem saber o que fazer. Era tão fofo!
Aproveitei que ele voltou a se sentar e girei nos calcanhares para sair rapidinho.
Aproveitei o tempinho que faltava para o horário do almoço em minha mesa trabalhando. Ao meio dia o Rick entrou todo animado: 1
– Então, Cat, vamos almoçar? Eu estou faminto.
– Claro, Rick, deixa eu só ver se meu chefe precisa de algo antes.
Peguei o telefone e o chamei, não iria entrar naquela sala agora. Ele me liberou para o almoço, mas parecia ainda agitado.
Nós fomos a um restaurante pequenininho que ficava perto do escritório, mas servia uma comida deliciosa. O Rick é muito divertido, falante e agradável. Me contou que é casado com o amor de infância dele, mas ainda não tinha filhos. Quis saber de mim e falei que sou mãe solteira e passamos o almoço falando sobre nossas vidas. Realmente seria um bom amigo. Ele disse que a esposa dele e eu iríamos nos dar super bem e eu fiquei animada com a possibilidade
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Capitulo 17:0 chá de camomila
de fazer mais amigos na cidade. Voltamos para o escritório e paramos na confeitaria em frente, comprei uma fatia de torta de chocolate para comer mais tarde. 6
Às treze horas eu já estava profissionalmente sentada a minha mesa. Queria ter comprado uma calcinha, mas o Rick insistiu em me esperar na confeitaria e fiquei sem graça de despachá–lo, então eu continuava exposta. 7
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