Capítulo 50 

O assistente falou rapidamente: “Sr. Lopes, talvez não seja totalmente um problema da senhora, pois encontrei uma notícia preocupante. Recentemente, houve vários casos de desaparecimento de mulheres tanto na nossa cidade quanto nos municípios vizinhos.” 

“Desaparecimentos?” – Nelson franziu a testa: “Como assim? Por que?” 

“Os motivos são os mais variados. Algumas desapareceram ao encontrar pessoas que conheceram online, outras sumiram durante entrevistas de emprego, e há casos em que foram levadas em becos sem câmeras de segurança. Há até rumores de que…” 

Quando o assistente disse isso, ele baixou a voz e Nelson falou de forma ameaçadora: “Fale.” 

“Ultimamente, os golpes internacionais têm aumentado, e mulheres solteiras ou garotas mais jovens são alvos fáceis. A senhora mencionou algo sobre alguém a seguir antes de desaparecer?” 

Alguns dias antes de desaparecer, eu já havia falado sobre isso com ele. 

Quando liguei, a voz impaciente de Nelson soou do outro lado da linha: “Você é a Sra. Lopes! Quem teria coragem de te seguir? Com o casamento se aproximando, é melhor evitar ir até o Fundo Casa da Criança. Se está realmente assustada, chame mais seguranças. Estou ocupado com outros assuntos aqui.” 

A fundação beneficente foi criada no ano passado em nome de Nelson, que tem grande poder de convocação e conseguiu arrecadar milhões em fundos beneficentes. 

A pandemia que varreu a cidade nos últimos dois anos deixou muitos órfãos após a morte de ambos os pais, e os fundos foram destinados a essas crianças carentes. 

Depois de um aborto espontâneo, também deixei meu trabalho de lado e passei muito tempo no Fundo Casa da Criança, cuidando desses órfãos. 

Ele achava que, sendo transportada em um carro com motorista, mesmo sem seguranças, nada aconteceria comigo. 

Ele não levou minhas preocupações a sério. 

Só agora Nelson lembrou daquela conversa indiferente: “Sim, ela mencionou algo assim. Você acha que ela foi enganada por golpistas? Que piada. Marlene cresceu no meio da alta sociedade. Acha mesmo que ela cairia em um golpe por migalhas? Esse tipo de coisa jamais aconteceria com ela.” 

“Parece que todos nós ignoramos um lugar.” 

Como se algo tivesse finalmente lhe ocorrido, ele exclamou: “Prepare o carro, vamos ao Fundo Casa da Criança! Ela dedicou seu coração àquele lugar, Marlene certamente estará lá!” 

Com exceção do dia em que a fundação foi inaugurada, ele não visitou o Fundo Casa da Criança durante todo o ano. 

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Capitulo 50 

Sempre que eu levava os artesanatos das crianças, Nelson os deixava de lado sem prestar muita atenção. 

Essa era a primeira vez que ele entrou no pátio do Fundo Casa da Criança. 

O pátio era grande, com algumas flores e plantas nas bordas, mas a maioria era de 

equipamentos infantis. 

No entanto, ele não estava a fim de apreciar isso, entrando rapidamente. 

“Ding ding ding…” 

A cortina da porta foi feita de conchas pelas crianças, e risadas podiam ser ouvidas do lado de dentro. 

Nelson acelerou o passo, com uma expressão cada vez mais agitada no rosto. 

Ele viu uma mulher de costas para ele e estendeu a mão para tocá–la, dizendo: “Marlene.” 

A mulher, vestindo um suéter de vison branco, virou–se. 

Seu rosto era delicado e encantador, mas não era eu. 

“Sr. Lopes?” 

Os olhos de Nelson escureceram, desapontado por não ser eu e envergonhado por ter confundido a pessoa. 

“Desculpe, eu a confundi com outra pessoa. A senhora me conhece?” 

A mulher sorriu gentil e graciosamente: “Meu nome é Dandara Martins, acabei de voltar do exterior. O renome do Sr. Lopes é bem conhecido.” 

Nelson então se lembrou de que Dandara Martins havia retornado ao país. 

Ela era uma das candidatas ao casamento arranjado escolhido por seu avô para Nilton. 

Nelson apressadamente soltou a mão dela: “Desculpe, Sra. Martins, eu realmente a confundi com outra pessoa.” 

“Não tem problema, mas eu estou curiosa… com quem o Sr. Lopes me confundiu?” 

Nelson respondeu secamente: “Minha esposa.” 

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