Capítulo 46
Eu finalmente descobri o objetivo da Mirella.
Ela sabia muito bem que Nelson não se divorciaria de mim, então armou essa situação, criando a falsa impressão de que eu estava tendo um caso e fugi com o amante.
Desde que Nelson pedisse o divórcio unilateralmente, o casamento seria automaticamente anulado após dois anos de separação, e ela poderia se casar com Nelson sem remorsos.
Desde o início, ela planejou tudo meticulosamente.
Ela me matou, me incriminou, me pintou como uma mulher que todos poderiam ter, para que Nelson pudesse se livrar de seus anos de relacionamento conosco e se casar com ela sem a consciência pesada.
Por causa de um homem, ela chegou ao ponto de contratar alguém para matar sua própria irmã.
Estava com o coração partido.
Quando éramos crianças, eu a tratava bem e, quando ela era desprezada pela família Lopes, eu sempre a protegia.
Em vez de receber o amor de uma irmã, o que recebi foi uma punhalada nas costas.
‘Mirella, você é realmente cruel!‘
Enquanto a família me criticava e Nelson mostrava uma expressão de dor e fúria, uma voz idosa soou ao lado da porta: “Cala a boca, sua puta sem vergonha!”
Marta empurrou a vovó para dentro.
Sentada na cadeira de rodas, o rosto da vovó estava carregado, sombrio como as nuvens que se acumulavam atrás dela, press agiando uma tempestade iminente.
“Mamãe, por que você está aqui?”
A vovó havia vindo especialmente.
Desde que ficara acamada, não saía há dias, ainda mais em um frio tão intenso.
Meus pais se levantaram para recebê–la, e Mirella, ao encontrar o olhar da vovó, demonstrou um vislumbre de inquietação.
A vovó com um olhar frio e distante disse: “Se eu não viesse, vocês continuariam sendo enganados por essa sedutora.”
Mirella, com lágrimas nos olhos e segurando o peito em um gesto de angústia, disse: “Vovó, eu fui especialmente até a Cidade das Flores para me desculpar com a minha irmã, mas quem diria: ela já tinha fugido com o amante. O que eu fiz de errado?”
A vovó a ignorou, e seu olhar caiu sobre Nelson: “Nelson, eu pergunto a você, você acredita que
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Marlene faria tal coisa?”
Os olhos vermelhos de Nelson encontraram os da vovó, e ele se esforçou para responder: “Não sei. Confio no caráter de Marlene, mas o fato de ela estar envolvida com outro homem também é verdade.”
“Verdade!” – Vovó riu.
Minha mãe tentou acalmar a situação: “Mamãe, isso é culpa daquela garota ingrata, por favor, não pressione…”
“Fique quieta!” – A vovó gritou com autoridade, e minha mãe se calou imediatamente.
Vovó passou o olhar por todos os presentes: “Então todos vocês pensam assim?”
Ninguém se atreveu a irritar a vovó e, embora ninguém tenha admitido, o silêncio falou por si só.
A vovó zombou: “Muito bem, muito bem! Um bando de ingratos, agora eu finalmente entendo o que a Marlene tem passado. Nelson, a Marlene é sua esposa. Se você não é capaz de confiar nem nela, então, assim que eu encontrar a Marlene, vocês vão se divorciar.“”
Nelson franziu a testa: “Vovó, foi a Marlene quem errou. Ela me traiu, e eu nem mencionei o divórcio. A senhora, que tanto ama sua neta, não deveria desejar o melhor para ela?”
A vovó, entre risos e lágrimas, apontou para o nariz de Nelson e o repreendeu: “Por quê? Porque você simplesmente não merece a Marlene. Você diz que ela o traiu, mas você viu isso com seus próprios olhos? Ou você a pegou na cama com o amante dela?”
“Embora eu não tenha visto, os vizinhos disseram que a pessoa que alugava a casa era a Sra. Barbosa…”
“Ah, a Sra. Barbosa! Minha neta pode ter comprado a passagem para a Cidade das Flores, mas ela nunca embarcou. Ela não foi à Cidade das Flores desde o início. De onde você tirou essa
Sra. Barbosa?!”
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