Capítulo 501
Sarah, com os olhos cheios de lágrimas, sua voz tremia ao falar:
Não, vamos para o primeiro andar, você escolher mais algumas peças.
Ela era a filha legítima da Casa de Prins, não podia falar alto com a sogra ali, apenas se submetia, pedindo para que concordassem em ir ao primeiro andar, que, embora não fosse barato, ainda assim oferecia boas opções. A Joalheria do Brilho não tinha peças de má qualidade.
Sasha segurava firme, insistindo:
– Não, eu quero este conjunto.
Sarah tremia de nervoso, e cada vez mais cabeças se esticavam para fora das salas privadas, com rostos surpresos. Isso aumentava ainda mais o sentimento de vergonha da Sarah.
Mas como ela poderia arranjar aquelas quase 40 mil pratas? Ela teria que esvaziar seu enxoval e até tirar o dinheiro da pensão de guerra de Daniel para dar a elas? Isso era impossível.
Ela ficou ali, tremendo em silêncio, nunca tinha vivido um momento tão constrangedor na
vida.
Sarah queria se virar para sair, mas a sogra rapidamente segurou sua manga. Sentindo um zumbido na cabeça, Sarah se virou para encarar os olhos frios de sua sogra.
A Sra. Guerra, com um tom gentil, mas um olhar opressor, disse:
Por que está com tanta pressa? Vamos esperar o atendente da loja para voltarmos juntos.
Então… – O atendente olhou para elas, indeciso, nunca tinha visto um cliente no terceiro andar que não pagasse ou devolvesse as peças. Ele perguntou. Devo acompanhar a senhora até a casa para pegar o dinheiro?
Geralmente, os clientes do terceiro andar podiam levar as peças diretamente e mandar um criado trazer o dinheiro para pagar depois, ou a loja enviava alguém para ir até sua casa para buscar o pagamento mais tarde. Afinal, a maioria dos clientes do terceiro andar eram os habituais e conhecidos na capital.
Mas o atendente não ousava falar diretamente, pois a situação delas parecia bem peculiar. Ele sentia que, se deixasse que elas levassem essa joia hoje, o pagamento não estaria totalmente garantido.
Embora tremendo, Sarah respondeu com uma voz ainda mais trêmula:
—
Não!
1/2
Capitulo 501
+25 BONO:
O impasse continuava ali. Alguém de dentro de uma das salas privadas saiu para ver. Sarah, com vergonha, não ousou levantar a cabeça para ver quem era, com medo de fosse um conhecido.
Annabelle também esticou o pescoço para fora da sala privada para olhar, mas Bianca a puxou para trás, dizendo baixinho
Não cuide da vida alheia.
Annabelle assentiu e continuou a escolher entre as joias que Pilar havia mostrado, mas não conseguia evitar se distrair com os sons do lado de fora.
Roxy, por outro lado, estava com os braços cruzados, observando o movimento na porta da sala, que não tinha portas, apenas uma cortina de pérolas, geralmente levantada para deixar a luz natural entrar.
A não ser que o cliente pedisse para fechar a cortina, o atendente só a baixaria em caso de solicitação.
Mas quem se importaria de bloquear a visão? Comprar joias no terceiro andar era uma boa oportunidade para fazer contatos com figuras potentes da capital.
Pilar, ao ouvir o barulho, fez um sinal para o atendente com a bandeja de joias nas mãos e disse:
–
– Chame o Gerente Leopoldo para lidar com isso. Vou apresentar a Princesa de Bermines e a
Princesa Annabelle.
–
Sim!
–
O atendente deixou a bandeja na mesa e saiu.
Em pouco tempo, um homem de meia–idade, com um manto azul, subiu do segundo andar. Ele sorriu e se aproximou de Sarah e das outras, perguntando humildemente:
–
— Senhora, vocês podem deixar essa peça de rubi reservada aqui na loja. Quando quiser pegá- la, basta vir. Não cobramos taxa de reserva.
O gerente estava oferecendo uma saída para Sarah, permitindo que a joia fosse deixada na loja, dando uma forma de manter as aparências.
Sarah, visivelmente aliviada, sorriu agradecida, com lágrimas nos olhos, embora seu sorriso fosse triste e cheio de vergonha.
Antes que pudesse falar, Sasha fez um gesto de desdém e disse:
–
Não precisa reservar, eu vou levar agora. Mandem alguém para ir pegar o dinheiro com a gente lá na nossa casa. (1)
2/2