Capítulo 482
No entanto, ela não conseguiu atingir a coluna, pois, com tantas pessoas ao seu redor e seus movimentos tão lentos, seus filhos e netos conseguiram segurá–la a tempo.
Ela só usou esse ato como uma tentativa de intimidar Isaac, esperando que os soldados de guarda parassem de destruir as coisas.
Mas Isaac manteve uma expressão indiferente, e os soldados de guarda não interromperam suas ações. Continuaram destruindo tudo o que viam pela frente, fazendo com que algumas mulheres mais tímidas gritassem e corressem para o jardim dos fundos.
A Sra. Graça, quase desmaiando de raiva, não conseguia acreditar que Isaac fosse tão implacável, e que ele não tivesse medo nem sequer da sua ameaça de suicídio.
Os soldados de guarda não entraram no pátio interno, pois era uma área restrita aos homens. Madeira sabia dessa regra, então os soldados de guarda só destruíram o que estava no pátio da frente e na Sala das Flores.
Enzo, observando a cena, estava pálido. Ele sabia o motivo de Isaac estar tão furioso naquela noite: era por causa do incidente envolvendo Larissa, quando Murilo a empurrou e causou o
risco de um aborto.
Não era que Isaac não quisesse punir Murilo, mas ele já havia perdido dois dentes, os dentes da frente, e estava sangrando muito. A Sra. Graça, cheia de dor, não pôde suportar vê–lo tão ferido, então não o puniria mais.
Além disso, como ninguém da Casa do Príncipe de Avez apareceu, a Casa da Gratidão achava que ainda poderia se safar.
A chegada da Consorte–Mãe Paola naquela noite teve o objetivo de criar uma discussão proposital, para que, com isso, o Príncipe e a Princesa de Bermines aparecessem.
Como a Casa da Gratidão estava errada desde o início, o que aconteceu naquela noite não poderia ser contestado, pois se as notícias se espalhassem, a história ficaria a favor de Consorte -Mãe e contra a Casa da Gratidão, que seria acusada de atacar um membro da realeza, e isso era
um crime.
Se as investigações continuassem, descobririam que Murilo, mesmo após ser destituído de seu cargo, ainda não se arrependia de suas ações, maltratando a Princesa Larissa, sua esposa legítima, enquanto favorecia a concubina, que era uma garota de programa. Isso acabou resultando em um quase aborto de Larissa, que agora precisaria repousar por um mês.
Independentemente da gravidade das acusações, a Casa da Gratidão não poderia suportá–las, mas a ira do Príncipe de Bermines ainda era algo com o qual eles poderiam lidar, pois, depois de todo esse alvoroço, não seria mais necessário que o Imperador se envolvesse no assunto.
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Murilo, por outro lado, se manteve orgulhoso e de cabeça erguida. Em sua mente, já haviam sido escritos vários artigos criticando o Príncipe de Bermines. Ele acreditava que, assim que esses artigos se espalhassem, muitos estudantes começariam a se levantar contra o Isaac, acusando–o de abusar de sua posição e seus méritos militares.
Muitos estudantes do Colégio Imperial, que já o idolatravam no passado, ficariam ao seu lado. E, se ele liderasse o movimento, os artigos contra o Príncipe de Bermines se multiplicaríam como fungos após a chuva.
Para esclarecer, o Colégio Imperial era a principal escola oficial para formação de futuros funcionários, era a mais alta instituição educacional do império. Funcionava como uma universidade imperial, onde estudavam filhos da nobreza, altos funcionários e candidatos aos exames imperiais. Além disso, era responsável pela administração dos exames e pela formação de futuros funcionários públicos.
Já a anteriormente mencionada Academia da Corte era um grupo exclusivo de acadêmicos escolhidos entre os mais talentosos para servir diretamente ao Imperador. Não era uma instituição de ensino, mas uma academia de elite para estudiosos altamente talentosos que já haviam passado nos exames imperiais com as melhores classificações. Funcionava como um órgão consultivo e intelectual do Imperador, com membros encarregados de redigir documentos oficiais, compilar histórias dinásticas e até educar herdeiros imperiais.
Bem, voltando à história.
Então, Murilo agora não só não tinha medo, como esperava que o Príncipe de Bermines destruísse ainda mais, fosse mais agressivo e audacioso, porque assim sua imagem nos artigos se tornaria ainda mais feroz.
Noêmia estava em seus braços, com o sangue que caía de sua boca respingando na cabeça dela, fazendo com que parecessem um casal apaixonado rejeitado pela sociedade.
Na verdade, esse gesto de Isaac também assustou Paola. Ela estava tentando aparentar calma, mas sua mão, escondida sob as mangas largas, tremia ligeiramente. Era a primeira vez que ela via a ira genuína de seu filho.
No pátio externo da casa, tudo o que podia ser destruído com as mãos foi destruído. No salão, além das cadeiras onde estavam sentados, a mesa, os biombos e os itens nas prateleiras de antiguidades também caíram no chão, estilhaçando e quebrando.
A Sra. Graça estava chorando desesperada, dizendo que a Casa do Príncipe de Bermines estava abusando demais e que iria denunciar às autoridades.
Mas a Marquesa a segurava para que não caísse. Na verdade, Marquesa a segurava firmemente para que ela não tentasse se jogar contra a coluna de novo.
“Essa minha sogra está querendo lutar com sua vida, mas olha a indiferença do Príncipe de
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Bermines, acha mesmo que ele tem medo disso?”
De fato, Isaac estava com seu rosto frio e sem nenhuma expressão a mais.
A Princesa de Bermines estava ao seu lado, mas seus olhos demonstravam uma frieza ainda mais profunda e sombria.
Príncipe de Avez, furioso, se levantou e ordenou:
– Chega, parem agora!
Mas ninguém lhe deu atenção. Pelo contrário, a tentativa de interrupção apenas fez Isaac parecer ainda mais frio, como se lâminas de gelo estivessem saindo de seu corpo. O Príncipe de Avez sentiu um calafrio no pescoço e rapidamente se encolheu.
Ele se sentia um covarde assim, mas estava impotente. Afinal, não ousava usar sua posição de tio contra Isaac.
A Princesa de Avez, segurando com força suas mangas, permanecia em silêncio, ouvindo o som do barulho vindo de fora, sem saber exatamente o que estavam quebrando, mas cada estrondo fazia seu nervosismo aumentar.
Ela estava realmente irritada com Bianca. “Como essa criança pode ser tão imatura? Essa destruição significa que a Casa da Gratidão e nós estamos completamente rompidos agora. Como a Larissa vai conseguir viver em paz na casa depois disso?”
– Chega, parem agora! – Foi a vez de Bianca finalmente falar.
Os sons de destruição logo cessaram. Madeira, com os soldados de guarda, se posicionaram do lado de fora do pátio, alinhado em formação.
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