Capítulo 446
O dia estava perfeito, o sol estava na medida certa, e a luz que se filtrava pelas árvores aquecia a pele e trazia uma sensação de bem–estar.
Paola estava sentada com dignidade no salão principal, recebendo as felicitações dos convidados. Lázaro, com os criados ao seu lado, anotava todos os presentes que estavam sendo entregues. Era importante registrar cada item recebido para, no futuro, calcular o valor e retribuir as gentilezas quando fosse a vez dos outros realizarem uma celebração.
Os convidados daquele dia eram todos de alta linhagem.
Cada senhora e moça presente estava impecavelmente adornada, com maquiagem impecável e joias deslumbrantes. A nobreza estava visível em cada movimento.
Paola, apesar de sorrir para todos, sentia sua expressão ficando rígida devido à quantidade de cortesias e elogios. Ela olhou para Bianca e viu que a jovem não demonstrava qualquer sinal de desconforto. Seu sorriso era genuíno, sem qualquer indício de cansaço ou artificialidade.
Paola não pôde deixar de admirar a naturalidade com que Bianca se comportava em meio a uma situação tão grandiosa.
Os homens eram recebidos por Isaac e Arthur, que os conduziam ao salão de reuniões. Como era o aniversário da Consorte–Mãe, o salão principal era reservado para as mulheres.
Paola, devido ao seu status, tinha o privilégio de utilizar esse espaço.
A Princesa Talita e a Princesa Valquíria chegaram, seguidas pela esposa do Primeiro–Ministro, pela esposa do Redator do Ministério da Guerra e, claro, pela Sra. Vitalina, que veio acompanhada das noras e esposas dos netos.
Logo, a Princesa Francis chegou com a Princesa Soraia. Bianca, ao olhar para elas, percebeu uma figura familiar: sua ex–cunhadinha Sasha. “Ela veio acompanhando Francis e Soraia? Isso é bem interessante.”
Quando a Sra. Vitalina entrou, Bianca ajudou Paola a se levantar para recebê–la.
Até essa velha senhora, que raramente aparecia em eventos como esse devido à sua idade avançada, estava presente para prestar sua homenagem. Paola, obviamente, precisava ir pessoalmente saudá–la.
A Sra. Vitalina, com sua grande estatura moral e físico frágil, entrou cercada pelas inúmeras mulheres da Casa da Saúde. O Marquês da Saúde talvez não tivesse grandes feitos, mas a sua família era realmente enorme.
Tendo mais de noventa nos, a Sra. Vitalina era venerada por todos na sala, e até as princesas se curvaram a ela, em um gesto de profundo respeito.
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Como vão todos? – Disse Sra. Vitalina, retribuindo as saudações. – Hoje estou aqui apenas para comemorar o aniversário de Consorte–Mãe Paola, sou uma grande apreciadora de boa comida e aproveitei a oportunidade apenas para vir e comer.
Princesa Talita, sorrindo, comentou:
– Sra. Vitalina, quando a tempestade de granizo devastou a região, a senhora se destacou, arrecadando fundos e enviando alimentos e roupas para os necessitados. Sua ação foi fundamental para aliviar o sofrimento da população, e até princesas reais como nós, nos sentimos envergonhadas diante de tamanha dedicação.
Sra. Vitalina, com sua habitual humildade, respondeu:
– Não fiz mais do que minha parte, Princesa Talita. Não me considero digna de tanto reconhecimento. O verdadeiro mérito é de figuras como o Duque Ruan, o General Adauto e o Príncipe de Bermines, que lutam para proteger nossas terras. Minhas ações foram pequenas diante de suas grandes conquistas.
A humildade de Sra. Vitalina causou uma profunda admiração geral.
Paola ficou um pouco ansiosa, ela não podia deixar de pensar que seria mais interessante se essas palavras fossem ouvidas pela Consorte–Mãe Helena, para que Helena visse como seu filho e a família da sua nora estavam sendo admirados e respeitados.
Paola mal podia esperar para ver a cara dela se retorcendo de inveja.
Mas apenas quando a Sra. Vitalina terminou de falar, foi que a Consorte–Mãe Helena entrou no salão acompanhada pela Princesa de Kaverez, segurando as mãos de um neto e de uma neta.
As crianças, tão pequenas e fofas, causaram um sentimento de… Inveja em quem as observava.
Paola não conseguia disfarçar seu desgosto ao ver Helena entrando com os netos.
“Ela está fazendo o quê trazendo os netos aqui, para se exibir?”
Se seu filho não tivesse partido para guerra na época, ela também estaria podendo segurar netos nos braços agora, com toda certeza.
Como era de se esperar, pela posição de Consorte–Mãe, Helena foi recebida com grande respeito, e todos os presentes se levantaram para saudá–la.
Francis perguntou:
– Só veio a Princesa? Onde estão as duas Consortes Reais?
A Princesa de Kaverez explicou educadamente:
– A Consorte Real Núbia está cuidando do filho pequeno em casa, e a Consorte Real Odélia está
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grávida, não é adequado saírem de casa. Espero que a Princesa de Bermines e a Consorte–Mãe possam nos perdoar.
Todos deram suas felicitações, apenas os olhos da Paola soltavam chamas de inveja. “Grávida de novo? Esse Príncipe de Kaverez é um varrão de reprodução? Só se casou há uns anos e já tem uns cinco filhos!”
Com um sorriso tranquilo, Francis comentou:
Consorte–Mãe Helena, você tem realmente sorte, ainda é tão jovem e já está rodeada de
netos.
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