Capítulo 366
Bianca sentiu seus olhos ficarem marejados.
– O mestre está pensando em levar Niko para Montanha Merinda?
Hélio olhou para Niko, perguntando em um tom significativo:
–
Por que você
quer se tornar habilidoso em artes marciais?
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–
Para proteger a tia Bibi. – Niko respondeu em voz alta. Ele pausou por um momento,
sentindo que sua ambição era modesta demais, então acrescentou. – Assim como meu avô e
meu pai, ir para o campo de batalha, proteger a casa e a pátria, defender o território.
Hélio sorriu, dizendo:
–
Muito bem, apesar de ser jovem, você tem ambições tão grandiosas. Mas, ser um herói
requer resistência e pode ser muito cansativo. Você consegue aguentar o sacrifício?
–
Eu consigo! – Niko respondeu com firmeza, erguendo o peito. Embora não entendesse por
que o tio–mestre estava perguntando, responder de forma enfática parecia a coisa certa a fazer.
Afinal, ele já havia passado por muitas dificuldades e não tinha medo.
– E se te pedissem para se separar da sua tia? Você conseguiria? – Perguntou Hélio.
–
– Eu posso… Ah! – Niko deu dois passos para trás na mesma hora, balançando a cabeça instintivamente. – Não, eu não deixaria a tia Bibi.
Bianca também não queria se separar de Niko, pois agora ele era o único filho homem da família Sonata.
–
Se ele quiser aprender, eu mesma vou ensinar artes marciais a ele. – Ela disse.
Hélio respondeu:
Claro, você vai ser a primeira a ensinar. Ele não sabe de nada agora, não é como se eu tivesse que ensinar os fundamentos pessoalmente. Depois que a perna dele estiver melhor, ele pode treinar na sua casa por dois anos. Você o instrui nas artes marciais fundamentais, depois podemos levá–lo para Montanha Merinda para aprender outras coisas com seus irmãos.
Com o futuro título de nobreza de Niko, sendo o único na Casa do Duque, ele certamente enfrentaria dificuldades. Se ele não tivesse habilidades de autodefesa suficientes, seria
preocupante.
Bianca compreendeu a preocupação benevolente de Hélio e, com lágrimas nos olhos, disse:
–
Sim, mestre, eu sei o que fazer.
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Entrar na Seita dos Mil Saberes era um sonho para muitos.
Não se tratava apenas de treinar em artes marciais, mas também havia outras habilidades para aprender. Por exemplo, a erudição de Lorenzo era rara para alguém tão jovem.
Lorenzo não apenas era um mestre em pintura, música, xadrez e caligrafia, mas sua verdadeira habilidade residia em sua vasta sabedoria, conhecimento profundo do passado e presente, e capacidade de expressar ideias perspicazes, escrever e debater.
O Imperador Zuquim era seu maior admirador. Quando Lorenzo visitou a Casa do Duque, o Imperador até se rebaixou a visitá–lo, consolidando ainda mais a posição de Lorenzo.
O Imperador até mesmo não ousava tentar recrutar Lorenzo para a Corte, pois pessoas como o Sr. Lorenzo deveriam ser adoradas em silêncio.
Os estudiosos da literatura do reino e até mesmo os funcionários públicos principais o admiravam profundamente.
Especialmente o Tutor Sênior Castro, um erudito proeminente da época, tinha grande apreço por ele.
–
Quando vocês irão embora? – Bianca perguntou com lágrimas nos olhos, cheia de tristeza.
– Não sabemos ainda, vamos te avisar quando for a hora. – Respondeu Hélio.
–
– Por favor, me avisem, não partam de novo sem me contar. – Bianca disse, com os olhos cheios de lágrimas. Ela temia que eles saíssem sem despedidas, pois sabia que Hélio detestava separações. Cada vez que ela descia a montanha para casa, ele sempre desaparecia, alegando estar ocupado.
Hélio garantiu:
–
Não vamos embora às escondidas, eu prometo.
Bianca sentiu que as palavras de Hélio não tinham credibilidade, pois ele mudava de ideia frequentemente. A forma como ele causava “surpresas” tão grandes indicava isso.
Após o almoço, seus irmãos mais velhos da seita levaram Isaac para um canto da sala para
conversar.
Cada um falava sem rodeios, sem palavras ameaçadoras, mas com pedidos sinceros para que ele cuidasse bem da irmãzinha mais nova. Mesmo sem palavras de pressão, havia uma certa pressão implícita em seus discursos.
Isaac respondeu de maneira apropriada, com seriedade e respeito, sendo bem recebido com tapinhas nas costas em sinal de aprovação.
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Embora estivessem no mundo das artes marciais, eles também entendiam as regras da alta sociedade da capital.
O fato da Bianca se casar pela segunda vez, aos olhos de estranhos, poderia parecer uma perda de honra. No entanto, o fato de Isaac, um príncipe de linhagem real, estar disposto a se casar com ela e prometer ser fiel somente a ela, era realmente admirável.
Antes de voltarem para casa, Janaína teve uma conversa particular com Isaac, dizendo:
– Se um dia você não a amar mais, por favor, não a machuque e a devolva para nós.
A simples sugestão fez Isaac se enrijecer.
– Não, esse dia nunca vai chegar.
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