Capítulo 318
Arthur permanecia imperturbável, apenas ordenando aos guardas:
– Levem o Príncipe de volta para entreter os convidados. Ele só poderá sair amanhã à noite para o casamento. Se ele sair antes disso, todos os guardas terão seus salários cortados por três
meses.
Com essa ordem de Arthur, os guardas encararam Isaac como lobos famintos, forçando–o a
recuar passo a passo.
Isaac revirou os olhos, reclamando:
– O que todos vocês estão tentando fazer? Apenas estava entretendo os convidados e bebi um pouco demais. Só queria sair para tomar um ar fresco e me recuperar do vinho.
Arthur deu outra ordem:
– Tragam um balde de caldo para o Príncipe despertar do álcool!
–
Um balde… Isaac olhou furioso para ele, mas Arthur era implacável. Mesmo que Isaac parecesse querer matar alguém com os olhos fuzilantes, Arthur não se comovia.
Nessa hora, Lázaro chegou apressado, ele estava tão ocupado que rodava por aí como um pião, suando no frio intenso. Usando um lenço para enxugar o suor da testa, ele reclamou:
Ai, Alteza, será que o senhor pode ser um pouco mais comedido? O casamento é amanhã, e hoje já está indo correndo para a casa da noiva? Isso vai virar fofoca, o que as pessoas vão pensar?
Está bem, está bem, não precisa se estressar. – Isaac disse impaciente, fazendo um gesto com a mão. – Vou voltar e tomar mais algumas taças com Luciano. Esse velho já está comendo às nossas custas há dois dias, enquanto todos já foram embora, ele ainda está bebendo.
– Ah, não pode dizer assim, fale mais baixo, o Sr. Luciano veio para nos dar uma moral. – Lázaro gostaria muito de usar algo para fechar a boca do Príncipe. Alteza sempre foi calmo, mas nos últimos dias parecia ter mudado, só falava coisas que ofendiam as pessoas.
Isaac olhou para ele com superioridade e entrou rapidamente para acompanhar os convidados.
Paola, por sua vez, acompanhava as convidadas femininas. Seu filho estava se casando e ela estava realmente se destacando, trocando de roupa cinco ou seis vezes por dia e mudando seus acessórios várias vezes também.
Dentro do palácio, ela poderia se exibir um pouco para as Consortes–Mãe ou, talvez, quando ia visitar a Imperatriz–Mãe, fazia um pouco a sua pose diante das mulheres do harém que vinham cumprimentar a sua irmã. Agora, estando fora do palácio, era diferente. Quantas
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esposas de oficiais, damas de família e esposas de nobres estavam lá durante aqueles dois dias de festas? Ela mal conhecia um terço delas.
Ver todas elas se curvando e sendo tão respeitosas em sua presença satisfazia muito o ego vaidoso de Paola. A sua nova nora ainda não havia entrado pelas portas, e ela planejava continuar recebendo visitas mesmo após o casamento, exibindo sua autoridade como sogra.
A Princesa Francis sempre gostava de organizar festas, não era? Paola achava que também deveria aprender.
Depois do casamento, ela planejava dar uma passada na sua loja para ver por que os negócios estavam tão ruins, precisando constantemente de subsídios.
A Princesa Francis e a Princesa Soraia ainda não haviam chegado, provavelmente iriam aparecer somente no dia do grande casamento.
O’Tutor Sênior Castro e a família do Primeiro–Ministro também não estavam presentes, provavelmente esperando pelo dia oficial do casamento amanhã.
Paola, que havia trocado de roupa várias vezes, já havia terminado sua exibição do dia e decidiu dar uma volta pela nova moradia.
A nova moradia era chamada Lar das Ameixeiras, e tudo dentro dela era decorado com ameixeiras, algo que ela não gostava.
O som de pronúncia da palavra “ameixeira” soava desagradável e sinistro para ela. “Xeira“, cheira, parecia algo indecente, e isso com certeza não traria boa sorte.
Ela havia mencionado a Isaac que deveriam mudar o nome, porém, seu filho estava decidido e insistia que poderia mudar qualquer coisa, exceto esse nome.
Felizmente, as ameixeiras transplantadas não haviam florescido, evitando a má sorte e proporcionando algum conforto a ela.
No entanto, ver essa nova moradia dentro da Casa do Príncipe realmente a desagradava.
O Lar das Ameixeiras consistia em dois pátios interligados, ocupando uma grande área, com um jardim espaçoso, edifícios amplos e muito mais.
Com dois pátios, havia naturalmente dois edifícios principais, um no lado leste para moradia e outro no oeste para escritório e despensa.
O vasto pátio estava conectado e algumas casas adicionais foram construídas no lado norte, destinadas aos criados e servas que os atenderiam. Era uma piada, pois os criados e os senhorios nunca deveriam viver no mesmo pátio.
As servas poderiam ser toleradas, afinal, elas precisavam fazer a vigília noturna, mas se os criados também fossem alojados ali, seria motivo para chacota.
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Ela nunca tinha visto Isaac tratar tão bem os criados da casa. Será que ele havia preparado isso para as servas que acompanhava Bianca?
“Ele valoriza tanto Bianca que teria esquecido da mulher por quem ele já foi apaixonado antes? Os homens realmente são inconstantes. Antes, ele falava como se fosse um amor extremamente profundo, dizendo que não se casaria se não fosse com ela, mas e agora?” 1