Capítulo 171
Após o banho com as ervas medicinais, ela se sentiu aquecida por todo o corpo. Antes de deitar, Esmeralda trouxe outro balde com água de ervas para escalda–pés, dizendo que ela precisava fazer isso todas as noites.
Bianca era muito obediente, ficou de molho por um tempo e depois tomou uma xícara de chá calmante, também prescrito pelo Dr. Danny, que disse que ajudaria a dormir.
Exceto pelos primeiros dias após retornar do campo de batalha, quando dormiu como se estivesse morta, nos últimos dias, apesar da exaustão ter diminuído, ela não conseguia mais dormir a noite toda, e quando conseguia dormir, tinha pesadelos constantes.
Pais, irmãos, familiares, todos que um dia foram tão vivos, transformados em figuras ensanguentadas diante dela. Quando ela acordava assustada, não conseguia mais adormecer. 2
Quando retornou para a Casa do General após lidar com os assuntos da família massacrada, também precisava tomar o chá calmante todos os dias para dormir. O Dr. Danny realmente se preocupava com ela.
Depois de beber, Esmeralda lhe deu um doce, sorrindo ao dizer:
– Pérola disse que a senhorita não gosta do gosto amargo dos remédios, então depois de tomar, deve comer um doce.
Bianca o colocou na boca, sentindo o sabor doce e azedo se espalhar.
Na verdade, ela não tinha mais medo de remédios amargos.
Quando era criança, tinha medo do gosto amargo dos remédios, fazendo caretas ao tomá–los, se aninhando nos braços da mãe. Os pais e irmãos mais velhos sempre a mimavam.
Agora, para quem mostraria a amargura? Para quem poderia fazer manha?
Enquanto se lamentava, o doce sabor em sua boca desapareceu, deixando apenas o gosto amargo e ácido do remédio, assim como as emoções que muitas vezes surgiam inesperadamente em seu coração.
Mas ela já sabia como suprimir essas emoções, não permitindo que transparecessem em seu rosto nem um pouco. As pessoas ao seu redor eram todas perspicazes, qualquer sinal de tristeza ou dispersão em seu olhar resultaria em expressões de compaixão.
Depois de entregar os remédios, Felipe retornou e trouxe de volta uma pintura de Mário, pintada por ele mesmo.
Mário estudou arte por décadas e teve sucesso nisso. Atualmente, o clã Sonata contribuía com uma quantia de pratas anualmente para apoio público, ajudando os menos afortunados a
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desenvolver seus talentos.
Mário liderava as doações todos os anos, e sua riqueza vinha da venda de suas pinturas.
Naturalmente, quando sua mãe estava viva, ela doava a maior parte, mas o clã Sonata não produziu muitos acadêmicos, muitos optaram por seguir outras carreiras.
Entre as categorias de estudiosos, agricultores, artesãos e comerciantes, os comerciantes tinham uma posição mais baixa, mas ganhar dinheiro elevava diretamente o padrão de vida. Portanto, tanto o antigo Imperador quanto o atual não desconfiaram do clã Sonata, afinal, era difícil sobreviver sozinho, mesmo sendo o todo poderoso.
Bianca pediu que pendurassem a pintura na sala principal. Era uma paisagem majestosa e grandiosa, perfeita para o salão principal.
No dia seguinte, Isaac levou Zé Forte até a Casa do Duque.
Bianca havia acabado de tomar café da manhã e pensava que ele viria somente depois do almoço, então ainda mandou prepararem uma bebida refrescante.
Ela correu para recebê–los com Pérola e Esmeralda. Isaac já estava sentado na sala principal quando elas chegaram e Felipe já havia providenciado chá.
Talvez por estar acostumada com a aparência desalinhada de todos no campo de batalha, Bianca ficou momentaneamente atordoada ao ver Isaac.
Ele estava vestido com um traje formal azul com padrões de nuvens, usando um enfeite de coque de jade de nove costuras, uma faixa larga caprichada amarrada na cintura e sapatos pretos de pano de alta qualidade. Ele exibia uma postura digna e tranquila.
Essa vestimenta tão nobre realçava ainda mais sua beleza e elegância excepcionais.
Bianca não esperava que ele estivesse vestido tão formalmente e de repente se sentiu excessivamente casual.
Isaac também olhou para Bianca. Ela usava um delicado traje cor de rosa pálido, com um colarinho branco franzido à mostra, uma saia plissada preta bordada com fios dourados, o cabelo preso em um coque adornado com uma tiara de safira. Ela realmente exalava o ar de uma dama nobre.
Isaac raramente a via com esse tipo de roupa. Quando ele ia para Montanha Merinda, ela costumava usar roupas vermelhas que facilitavam o movimento, com o cabelo preso em um alto rabo de cavalo, envolto em várias voltas de fita de seda vermelha, com as pontas do rabo de cavalo preto flutuando suavemente com as fitas, transmitindo uma vivacidade e calor que
mantinha o olhar fixo nela.
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Bianca fez uma saudação militar:
– Comandante–chefe!
Isaac desviou o olhar e assentiu levemente, respondendo:
–
General Sonata, poderia nos dar um momento a sós para conversarmos?
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