Isaac ainda achava que os tempos de sua juventude eram melhores, naquela época o irmão, como herdeiro imperial, conversava com ele sobre tudo. Se precisava dizer alguma coisa, o fazia diretamente, sem rodeios.
Lázaro lembrou de algo, comentando:
– O Imperador concedeu uma graça, a Consorte–Mãe Paola vai se mudar para a Casa do Príncipe em alguns dias, já mandei limpar o Lar da Melodia e providenciar alguns móveis, todos escolhidos pela Consorte–Mãe, custando 120 mil pratas.
Isaac franziu o cenho, questionando:
– Custaram120 mil pratas? Que tipo de móveis custam 120 mil pratas?
Ele se levantou e foi pessoalmente dar uma olhada na Casa da Melodia, onde foram plantadas peônias no quintal. Até mesmo construíram uma estufa para flores, embora não fosse necessária no calor atual e fosse reservada para uso no inverno.
–
As antigas ameixeiras foram todas cortadas? – Isaac franziu ainda mais o cenho.
Lázaro seguiu cuidadosamente atrás dele e respondeu:
– Foram todas transplantadas. A Consorte–Mãe disse que não gosta de ameixeiras, pois costumam mofar, e ela não quer um lugar com mofo onde vive.
Desde que ele assumiu sua própria residência, plantou ameixeiras por todo o jardim. No inverno, o jardim ficava cheio do fresco perfume das flores de ameixa, refrescando o coração e a alma.
Era como se estivesse vivendo na Montanha Merinda.
Ao entrar na casa, viu que os móveis estavam arrumados de maneira impecável, todos em madeira de jacarandá, o que não deveria custar mais do que trinta mil pratas. O verdadeiro luxo estava nas antiguidades nas prateleiras e nas pinturas penduradas nas paredes.
No quarto, a penteadeira, a cama alta, o leito macio, a poltrona, todos feitos de madeira de jacarandá, com entalhes delicados, não inferiores aos do palácio.
Cento e vinte mil pratas ainda foi um preço “baixo” que Lázaro teve que negociar duramente para conseguir.
Isaac não era do tipo que não se importava com dinheiro. Ele gastava quando necessário e economizava quando possível.
Cento e vinte mil pratas para mobiliar uma moradia era, em sua opinião, excessivamente
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extravagante.
Na verdade, ele não queria viver com a mãe, mas antes de partir para a campanha, o Imperador disse que uma vez que ele recuperasse a fronteira do Sul, a mãe dele seria generosamente concedida para viver fora do palácio.
Embora soasse como uma concessão, na realidade, o Imperador também achava que a Paola gastava demais e se intrometia demais nos assuntos do harém imperial.
A mãe de Isaac era a tia consanguínea do Imperador e também a Esposa Imperial do pai deles. Ele não podia dizer nada, não podia fazer nada, só podia fechar os olhos para certas coisas.
Agora que ele tinha retornado vitorioso, mal podia esperar para que a mãe do Isaac saísse do palácio o mais rápido possível, para evitar complicações no harém imperial.
Paola foi mimada desde pequena, sendo a caçula da família, todos a mimavam.
Depois de entrar no palácio, como a Imperatriz era sua irmã mais velha, ela naturalmente a tratava com carinho especial, então Paola nunca experimentou dificuldades ou sofrimentos em sua vida, sendo criada de forma indulgente. Ela sempre queria ser a melhor em tudo, exigindo o melhor em tudo, desde roupas a comida e utensílios.
Por exemplo, ela não podia usar roupas com padrões de peônia, porque apenas a Imperatriz- Mãe e a Imperatriz podiam. Então, ela plantou peônias por todo o jardim, sempre buscando esse nível de prestígio para se satisfazer.
– A sua irmã, Princesa Natália, provavelmente vai vir morar conosco também. Então, o que o senhor acha de comprar mais servas e criados para servi–la?
– Não é necessário, elas não se acostumam com pessoas de fora. Aqueles que as servem agora conhecem bem seus temperamentos e irão acompanhá–las quando saírem do palácio.
Aqueles capazes de servir ao seu lado por muito tempo já passaram por muitas provações, simples criados não seriam capazes de atendê–la adequadamente.
—
–
Os aposentos de Natália já estão prontos? – Perguntou Isaac.
Estão prontos, é o Lar da Tinta ao lado, que custou oitenta mil pratas para ser decorada.
Ao ouvir uma quantia tão alta, Isaac logo sentiu dor de cabeça e não quis nem ver mais nada, dizendo:
– Vou voltar para o escritório. Quando Arthur voltar, peça a ele que me encontre lá.
– O senhor não vai descansar um pouco? Mal dormiu desde que voltou do campo de batalha. ·
Insistiu Lázaro.
– Não vou.
–
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Capítulo 168
Ele não conseguiria dormir, estava profundamente incomodado com
aquele decreto.
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