Capítulo 123
Renato a encarou, sem dizer mais nada, pois ela o havia cortado.
Sim, ela era a vice–comandante do Exército de Armadura Rubra, uma General de Quinta Categoria oficialmente nomeada pela Corte. Cada palavra que ela dizia carregava peso.
Ele não tinha muitos homens consigo e esperava que o Exército da Armadura Rubra o acompanhasse.
Seus soldados já estavam exaustos, mas o Exército da Armadura Rubra havia descansado por um longo período ali. Ele acreditava que se encontrassem tropas da região Caleste ou tribos nômades, o Exército da Armadura Rubra seria capaz de lutar.
Ele falou baixo:
Quero levar o Exército da Armadura Rubra comigo. Eu te imploro, Bibi. Eu sei que te magoei antes e você pode me punir como quiser, mas já esperamos por quase dois dias, a Fabiana não vai aguentar. Eu sei que você a odeia, quando a encontrarmos, vamos te compensar juntos.
Bianca, com o rosto magro e indiferente, respondeu:
– Isso não tem a ver com questões pessoais, o Exército da Armadura Rubra não pode avançar
mais.
Renato, cerrando os punhos, perguntou:
– Bianca, eu já baixei a cabeça para você e te implorei, o que mais você quer?
Roxy riu friamente, interrompendo:
– Você acha que baixar a sua cabeça e implorar é algo extremamente valioso para Bibi? Sua atitude de súplica é tão sincera que faz a gente querer te espancar. Deixar o Exército da Armadura Rubra te acompanhar até as pradarias? Se encontrarmos tropas da região Caleste ou tribos, quem vai lutar, você ou eles?
Cale a sua boca! – A raiva de Renato com Roxy atingiu o auge e ele finalmente não conseguiu mais se conter, repreendendo. – Quem você pensa que é? Como ousa falar assim com um general como eu?
Roxy ergueu o queixo com desdém, retrucando:
– Ridículo. Que tipo de estatuto você acha que preciso ter para falar com você? Se enxerga direito primeiro, você está qualificado para se comportar assim na minha frente?
Renato estava completamente furioso, rugindo:
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Capítulo 123
+25 BONOS
– Bianca, controle seus subordinados, não deixe qualquer cachorro latir na minha frente.
Bolinho foi o primeiro a pular, seus punhos eram enormes, ele avançou com os pés e se jogou
sobre Renato.
Em seguida, os socos caíram como chuva sobre a cabeça, rosto e corpo de Renato…
Madeira reagiu um pouco mais devagar, mas ainda assim, foi em frente e se junto ao Bolinho. Seus pés se moviam como pás de moinho, chutando com força.
Essa forma intensa de ataque deixou Renato sem opção, ele só podia cobrir a cabeça com as mãos, encolher–se e deixar os dois baterem nele.
– Puta que o pariu, eu queria te bater há muito tempo. Se não fosse pelas regras militares, eu teria te atacado na primeira vez que vi vocês dois, são simplesmente um casal de cachorros!
–
– Você se acha o fodão, não é? Olha a merda que você é, como tem a autoconfiança para ficar escolhendo entre elas? Um verdadeiro homem mantém suas promessas até o fim, você envergonhou todos os homens!
–
–
Você disse que estava disposto a ser punido por Bibi, não foi? Ótimo, agora está sendo punido, aguente! Espero que você saiba viver como um homem decente daqui para frente.
Todos os soldados olharam na direção deles, incluindo os sob o comando de Renato. Eles queriam intervir, mas sabiam que esses dois rapazes eram habilidosos em combate e estavam ali em nome da General Sonata, com o Exército da Armadura Rubra protegendo–os.
Mas quem ali não era um homem de coragem? Renato se apaixonar por outra mulher e largar a sua esposa legítima, era algo que ninguém podia aceitar, mas eles estavam lá por méritos de batalha, ninguém ousava falar para fora.
Quando Bianca finalmente achou que era o suficiente, ela disse:
– Bolinho, Madeira, parem de bater nele.
Bolinho e Madeira pararam de socar e chutar, mas ainda cuspiram com desdém antes de sair.
Os soldados ajudaram Renato a se levantar. Ele cuspiu sangue e, cambaleando, se aproximou de Bianca com sangue escorrendo de sua boca, questionando com sangue e ferimentos visíveis:
– Agora podemos ir procurar a Fabiana nas pradarias?
Observando Renato, ensanguentado e espancado, Bianca se tornou séria e disse suavemente:
–
Renato, fique esperando aqui. Não é nas pradarias, é nas montanhas. Mais de cem mil
soldados da região Caleste estão agora nas montanhas. Eles querem justiça, nós só podemos
esperar.
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