Capítulo 117
No entanto, logo a esperança de Fabiana foi completamente destruída.
Uma fogueira foi acesa do lado de fora, a porta de madeira foi brutalmente empurrada e uma figura alta entrou lentamente, emanando uma poderosa sensação de opressão.
Mesmo de costas para a fogueira do lado de fora, Fabiana pôde ver claramente o contorno dele e sabia quem era.
Lukas, o comandante–chefe da região Caleste com quem ela assinou o tratado na cidade L.
Fabiana tremia violentamente, apoiada na parede, olhando assustada para Lukas.
Quando assinaram o tratado na Fortaleza de Letuch, esse homem era imponente e corajoso, transmitindo uma sensação de opressão, mas ao mesmo tempo, tinha uma certa elegância, todas as negociações foram feitas de forma muito suave e rápida.
Ela propôs algumas cláusulas e ele concordou sem hesitar, com uma única condição: libertar os prisioneiros rapidamente após a assinatura.
Naquela época, ele era muito complacente, a ponto de ela achar que aquilo era uma recompensa divina em forma de méritos militares.
Mas agora, sua expressão sombria e sedenta por sangue, juntamente com a crueldade em seus olhos, era algo que ela nunca tinha visto antes, acompanhado por aquela sensação de opressão, quase como a da morte.
Apenas um olhar bastava para fazer seu coração se encher de um medo gelado.
Lukas tirou as luvas de couro e as jogou para os soldados atrás dele, dizendo a Kevin, que o acompanhava:
–
Levem todos eles, use quaisquer meios necessários. Essas pessoas são as que causaram
danos ao seu irmão mais velho. No dia em que assinamos o tratado, eu memorizei o rosto de cada um deles.
Kevin rangeu os dentes, sibilando:
– Entendi, tio, vou vingar meu irmão. – Ele olhou para Fabiana e perguntou. – E ela, como deve ser tratada?
Lukas sorriu friamente, respondendo:
Quanto a ela, eu vou tratar pessoalmente.
Kevin assentiu e se virou, dizendo:
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–
Soldados, levem todos para fora e os castrem, quero ouvir a voz deles implorando por misericórdia.
Todos ficaram pálidos, seus corpos se tornaram moles, mas ainda mostravam a determinação dos soldados, sem pedir clemência.
No entanto, Fabiana tremia mais intensamente. Ela gaguejou:
– Lu… Lukas, assinamos um tratado, paz entre os dois re… Reinos, você não pode me machucar, me deixe ir, podemos redesenhar as fronteiras.
–
Fabiana! – Thiago, sendo arrastado para fora, rugiu. – Como você pode dizer algo tão covarde? Você não é digna de liderança! As fronteiras estão estabelecidas, não é algo que você pode mudar.
Lukas lançou um olhar para Thiago, e disse friamente:
– Nós, da região Caleste, também cumprimos nossas palavras, se as fronteiras estão estabelecidas, não há necessidade de mudança.
A região Caleste já havia sofrido o suficiente com essa questão, se voltasse atrás e atacasse a Fortaleza de Letuch, prejudicaria a boa reputação do reino, mantida desde a sua fundação.
Thiago foi arrastado para fora e, naquele momento, o olhar que ele lançou para Fabiana estava cheio de desprezo.
Ele sabia
–
que
não voltaria vivo desta vez, amaldiçoando em voz alta:
Fabiana, você é uma vergonha para o reino S, uma vergonha para a família Muniz!
Kevin pisou na mão de Thiago e disse friamente:
– Vocês da família Muniz ainda se fazem de pessoas boas? Quando massacraram a cidade L, por que não se sentiram envergonhados? Quando humilharam um refém de guerra, por que não se sentiram envergonhados?
Nenhum deles era decente, todos mereciam a morte.
Thiago suportou a dor sem um gemido, seu rosto pálido, tremendo incontrolavelmente.
A porta de madeira se fechou. Fabiana se encolheu, levantando os olhos suplicantes para Lukas, tentando implorar por misericórdia.
Mas uma frase de Lukas a impediu de implorar:
Se você pedir clemência, sua morte vai ser ainda mais humilhante. Desde o sacrifício dos guerreiros da família do General Ruan, o reino S tem apenas um Príncipe de Bermines para recorrer. Seu imperador é cego por confiar em você, que méritos você tem? Você não passa de
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uma besta ambiciosa que só sabe matar e buscar glória.
A frase “besta ambiciosa que só sabe matar e buscar glória” destruiu tudo de que Fabiana se orgulhava.
