Capítulo 2 Indo ao ambulatório de ginecologia
Diante dessa pergunta, o coração de Jessica disparou, mas ela fingiu uma expressão confusa. “Do que está falando?”
Com a testa franzida de irritação, Matthew exclamou: “Explique essas marcas no seu pescoço! Jessica, sei que não te satisfaço mesmo estando casado com você por três anos, mas você não deveria me trair! Mesmo que eu goste muito de você, não posso ignorar isso!”
Jessica se lembrou de como Matthew era sempre gentil e atencioso. Agora, ele agia agressivamente, se transformando em alguém que ela não conhecia.
Se vendo nessa realidade, ela zombou mentalmente, pensando que os homens, independente das suas imprudências, nunca toleravam a infidelidade das suas esposas.
Num tom calmo, Jessica explicou: “Não te traí. Essas marcas são só picadas de mosquito. Eu estava na casa de Braelynn ontem à noite. Se não acredita em mim, pode perguntar para ela.”
“Braelynn é sua melhor amiga. Sei muito bem que ela mentiria por você“, disse Matthew, permanecendo
cético.
“Então por que não verifica as imagens de vigilância para saber se eu estava na casa dela mesmo?“,
Jessica sugeriu.
Sem pensar duas vezes, Matthew ordenou que alguém verificasse as câmeras, determinado a
descobrir o que acontecera.
Quando ele estava prestes a continuar questionando sobre as marcas, Jessica avançou e agarrou a
gola da camisa dele, apontando para as marcas de batom. “E quanto a estas?”
Matthew recuou assustado, afastando a mão dela enquanto exclamava: “Eu… só estou com alergia!”
Ouvindo esse absurdo, Jessica abriu um sorriso vazio. “Ah, é? Uma alergia tão grave a ponto de ficar
assim?”
Acenando com a cabeça, Matthew respondeu, seus olhos dispersos: “Sim, na última viagem a trabalho, fui para um hotel que os lençóis estavam sujos. Acabei ficando alérgico e ainda está cicatrizando.”
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Capítulo 2 Indo ao ambulatório de ginecologia
Nesse momento, o assistente de Matthew confirmou que Jessica estivera na casa de Braelynn, já que as imagens de vigilância mostravam ela entrando e saindo.
Assumindo um tom mais suave e um sorriso reconciliador, Matthew se aproximou para se desculpar. “Me desculpe, Jessica. Errei em ter duvidado de você. Tive uma consulta com o médico esta tarde. Os resultados dos exames confirmaram que tenho impotência sexual. Eu estava me sentindo inseguro, e
foi por isso que…”
Sua postura era a de um marido cheio de remorso, culpado por não conseguir satisfazer sua esposa. Se Jessica não tivesse visto aquela for
condenatória, até poderia ter caído nesse truque baixo.
Pensando nisso, lágrimas se formaram nos olhos dela. Se Matthew queria fazer seu teatrinho, ela estava pronta para desempenhar seu papel até conseguir reunir provas sólidas da infidelidade dele.
“Está bem, Matt… Só não me julgue mal novamente“, disse Jessica num tom suave.
Tendo agido com esperteza, Jessica havia pedido para Braelynn preparar imagens de vigilância falsas logo depois de sair do hotel, já prevendo que Matthew poderia agir assim.
“Matt, eles te prescreveram algum medicamento? Por que não tentamos esta noite? Reconheço que não fui muito proativa antes, mas agora vou fazer o possível“, disse Jessica num tom suave.
Como esperado, Matthew se afastou imediatamente, recuando um passo. “Não. O médico recomendou que eu tomasse a medicação e descansasse por algumas semanas antes de tentarmos qualquer coisa.”
Jessica abriu um sorriso amargo, ciente que ele estava guardando sua energia para a amante.
Com um sorriso compreensivo, ela desempenhou seu papel de esposa solidária com perfeição. “Tudo
bem. Podemos esperar.”
No dia seguinte, Mabel Hopkins, mãe de Matthew, chegou com várias empregadas, cada uma carregando uma sacola grande cheia de remédios à base de ervas e compostos caseiros.
Ao longo dos anos, Mabel havia tentado vários métodos tradicionais e remédios para que Jessica engravidasse. Em todas as vezes, Jessica tomava os remédios obedientemente para ajudar Matthew a esconder o fato de que o casamento deles carecia de sexo. E, para piorar, essas misturas amargas
sempre a deixavam enjoada.
Dessa vez, Mabel pediu para as empregadas prepararem as misturas como de costume, mas Jessica decidiu ser honesta. “A verdade é que Matthew e eu nunca transamos durante esses três anos.”
Antes, Jessica tomava os remédios porque amava Matthew, mas depois da infidelidade dele, tudo o que ela queria era pegar essas misturas desagradáveis e fazer Mabel as engolir.
Diante dessa noticia, a xícara de chá que Mabel segurava caiu no chão e se quebrou. No instante
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Capitulo 2 Indo ao ambulatório de ginecologia
seguinte, ela explodiu em raiva. “Jessica, se quer mentir para mim, pelo menos faça isso de uma forma
convincente! Vocês estão casados há três anos, e sei muito bem que meu filho não é impotente. Como
ele não iria sequer tocar em você?!”
Jessica se mantinha resoluta, sem titubear diante das palavras da mulher. “Matthew tem problema com
isso. Se não acredita em mim, pergunte a ele!”
A carranca de Mabel se aprofundou, percebendo a forma metódica com que Jessica passou a se
referir ao seu filho. Jessica costumava chamá–lo carinhosamente de “Matt“, mas agora se dirigiu a ele
como “Matthew“.
“Ah, vocês eram inseparáveis… Matt até fez greve de fome para se casar com você. Se não fosse por
você tê–lo salvo daquele acidente de carro, eu nunca teria te aceitado na família Hopkins! Jessica, se
você usasse daquela mesma sedução como era antes do casamento, já estaria com um filho!“, disse
Mabel com escárnio.
Ouvindo essa barbaridade, Jessica se segurou para não bater em Mabel.
Desde o início de seu casamento com Matthew, ela se esforçava ao máximo para tratar Mabel com
respeito, apesar da constante rejeição da mulher. Porém, Mabel nunca perdia a oportunidade de
infernizar sua vida.
Antigamente, Jessica suportava tudo isso por causa de Matthew, sempre tentando evitar confrontos.
“Se a sedução pudesse resolver o problema, eu apoiaria totalmente. Mas o que posso fazer se meu
marido é impotente?“, ela argumentou, dando de ombros.
Essa era a primeira vez que Jessica retrucava Mabel.
Em meio à sua fúria, Mabel segurou o braço dela e a levou para o ambulatório de ginecologia do
hospital, exigindo que ela passasse por um exame completo.
Jessica achou essa situação absurda. Afinal, a ausência de filhos não era culpa dela!
Nessa tarde, o ambulatório de ginecologia estava movimentado, com uma multidão de mulheres
aglomeradas numa determinada sala.
Jessica olhou para a placa, que indicava ser a sala 211, do doutor Andrew George. Ou seja, sua consulta seria com um médico homem, mas, a essa altura, ela nem se importava com o gênero do profissional.
Após esperar por mais de uma hora, ela finalmente foi chamada.
A cortina do consultório estava entreaberta, permitindo que um raio de luz iluminasse o rosto do homem, the conferindo uma aparência etérea e indistinta, seus traços ligeiramente obscurecidos.
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Capitulo 2 Indo ao ambulatório de ginecologia
Então, Jessica entrou e se sentou.
Nesse momento, o homem se inclinou levemente para trás, revelando melhor suas feições: um nariz
empinado e lábios um pouco franzidos.
Jessica só não havia previsto que o médico sério e profissional que estava diante dela fosse o homem
que havia lhe feito gemer na noite anterior.
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