Capítulo 427
Na manhã seguinte, na audiência imperial, o Supervisor Ribeiro e seu assistente principal, juntamente com vários fiscais veteranos do Setor de Supervisão da Corte, levaram o relatório de reclamações para a Corte.
O relatório mencionava que Murilo Graça, durante a gravidez de sua esposa legítima, tomou uma garota de programa como concubina, favorecendo a concubina em detrimento da esposa, tratando a Princesa Larissa com crueldade.
Também foi mencionado que a Casa do General desrespeitou a Sra. Vitalina, o que gerou grande revolta entre o povo, resultando em protestos com dejetos sendo jogados na porta de casa. Aqueles responsáveis foram pegos e sofreram severas punições, com mãos e pés sendo quebrados. A pessoa responsável pela ação de jogar dejetos já havia ido à Prefeitura da Capital para admitir o ocorrido e buscar compensação pela agressão.
Renato não conseguiu entrar na Corte, então teve que ficar fora do salão de audiência imperial, entre os oficiais de baixo escalão.
Por isso, ele não deveria ouvir as discussões internas, mas as vozes dos fiscais eram tão altas que chegaram até ele, e ao ouvir mais uma vez sobre a denúncia contra ele, seu coração apertou.
Ele só podia se odiar por ter abandonado Bianca pela Fabiana. Agora, sua casa estava em desordem e seu futuro era incerto.
Murilo, em pé no meio do salão, ainda estava discutindo, se recusando a aceitar as acusações feitas pelo Setor de Supervisão.
Ele se considerava uma pessoa erudita, acreditando que poderia argumentar com eles.
No entanto, o Setor de Supervisão da Corte não era fácil de lidar; eles eram especialistas em debates, especialmente em debates acirrados. Não importava o quanto Murilo usasse citações históricas sobre como havia garotas de programa talentosas, ou até mesmo como algumas eram famosas por suas poesias e pinturas, isso não faria diferença.
Os fiscais estavam fixados em um único ponto: ele violou a lei e desrespeitou os decretos do Imperador Moisés.
O Supervisor Ribeiro disse severamente:
Não importa o quanto essa mulher tenha talento, não importa se seu talento é comparável até ao segundo colocado nos exames imperiais, o fato é que você, durante a gravidez de sua esposa legítima, tomou uma concubina, ignorando completamente a lei. E mais, o Imperador Moisés proibiu três vezes que oficiais frequentassem casas de prostituição. Se você não frequenta, como você conheceu essa garota de programa? E além de tê–la conhecido, você ainda a levou para sua casa e a tomou como concubina. Nenhum oficial na nossa dinastia
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jamais ousaria agir assim abertamente. Alguns mais ousados apenas escondem suas ações e compram casas a mais para acomodar suas amantes secretamente, mas você, Sr. Murilo, fez isso de forma pública e desafiou a lei. Você cometeu um crime, e a punição será ainda mais
severa.
– O que aconteceu entre você e aquela garota de programa já se espalhou por todo reino, agora o povo acredita que todos os oficiais frequentam casas de prostituição e que os oficiais não fazem nada, apenas se entregam a prazeres como vinho, sexo, dinheiro e poder. Você corrompeu a moral dos oficiais do nosso império, seu crime é imperdoável!
– Majestade, o humilde oficial implora para que puna severamente Murilo Graça, para corrigir a moral dos oficiais.
– Majestade, o humilde oficial implora para que puna severamente Murilo Graça, para corrigir a moral dos oficiais.
Os membros do Setor de Supervisão da Corte se ajoelharam, sua voz forte e firme,
acrescentando:
–
O humilde oficial também pede, diante de Sua Majestade e todos os oficiais, que os que nunca frequentaram casas de prostituição se ajoelhem e peçam pela punição de Murilo Graça.
Essas palavras tinham um grande impacto.
Quem se atreveria a não se ajoelhar? Quem não se ajoelhasse seria considerado alguém que já frequentou uma casa de prostituição.
Portanto, não importava se haviam ido ou não, todos foram forçados a se ajoelhar e a pedir a punição de Murilo.
Entre todos, a voz do Oficial Superior do Tribunal de Justiça, Isaac, foi a mais imponente.
O Imperador não sabia nada sobre isso até aquele momento, mas ao ouvir e ver todos os oficiais se ajoelhando, implorando pela punição, e vendo Murilo de pé com uma expressão desafiadora, cheio de arrogância, uma fúria imensa tomou conta dele.
– Murilo, você sabe o que
fez?
Murilo, mesmo achando que não tinha cometido erro, percebeu que, sob a fúria do Imperador, não poderia fazer nada. Com relutância, ele se ajoelhou lentamente, ocultando sua raiva e disse:
O humilde aluno… Reconhece seu erro, Majestade.
–
O Imperador olhou para ele, com
– Você não cometeu um erro, você cometeu um crime! mais raiva, e bradou. – Parece que você ainda não entende a gravidade do seu crime. A partir de hoje, você está demitido de todos os seus cargos e deve voltar para casa para refletir sobre seus
atos.
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Murilo ficou pálido. Ele não imaginava que seria tão grave, pensava que seria repreendido.
Desesperado, ele disse:
apenas
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– Majestade, o humilde aluno reconhece o erro… Não, o crime. Por favor, tenha misericórdia!
– Levem Murilo para fora! – O Imperador, furioso, mandou.
Murilo, que havia sido escolhido como aluno pelo próprio Imperador, agora estava sendo arrastado para fora do salão de audiência imperial. Ele gritou, pedindo perdão, completamente sem a arrogância de alguém que, no passado, havia sido o segundo colocado nos exames imperiais.
Alguns membros da Guarda da Cidade Imperial entraram e o levaram para fora. Ele chorava e gritava, dizendo que sabia do seu erro, e sua altivez desapareceu completamente.
Tragam Renato Guerra! – O Imperador gritou, furioso.
Renato entrou no salão, e o Imperador, ao olhar para o seu rosto pálido e os olhos roxos, se lembrou das várias vezes que confiou nele e quis apoiá–lo, mas ele era como um pedaço de barro mole demais, nunca conseguia ser moldado.
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