Capítulo 410
Mas sempre havia algumas pessoas que diziam que Bianca, sendo a Princesa de Bermines e a filha legítima da Casa do Duque do Norte, tinha uma grande fortuna e que sua doação não era nada.
Em contrapartida, a Casa do General era pobre, a matriarca estava doente há muito tempo, e era compreensível que não pudessem doar.
Mas esse argumento foi rapidamente refutado.
–
Por acaso, você está mal interpretando o significado da palavra “pobreza“? Quando Renato se casou com a Fabiana, ouvi dizer que o dote foi de doze mil pratas, e quanto àquela Sarah, quando ela entrou na casa, você não viu quanto enxoval de casamento ela levou para Casa do General?
Você diz que eles são pobres, mas o que escapa entre os dedos deles é o suficiente comer por um ano.
–
para você
Mesmo que sejam pobres, se não vão doar, tudo bem. Mas por que insultar a Sra. Vitalina chamando ela de velha mendiga? Ela tem mais de noventa anos, caminhando no frio para pedir doações, e é para quem? Para os cidadãos afetados pelas calamidades. O que ela fez de errado para ser chamada de velha mendiga?
–
Além disso, a Casa do Príncipe de Bermines é rica, sim, mas e você, tem dinheiro ou não? Você tem dez mil pratas, não tem? Se eu pedir para você doar uma prata, você ficaria disposto ou não? Não ficaria, né?
–
Por isso digo que só eles têm essa visão e generosidade. As outras famílias nobres da capital não têm dinheiro? Por que só eles doaram trinta mil pratas?
O barulho dos cidadãos discutindo naturalmente chegou até a Casa do Príncipe de Bermines.
Bianca mandou alguém conferir a lista de doações e, de fato, a Casa do Príncipe de Bermines foi a que mais doou.
Ela ficou um pouco desapontada.
Isso fez com que parecesse que ela estava querendo se exibir. Além do mais, a Sra. Vitalina disse que a lista seria entregue ao Órgão Administrativo e Judicial, e se o Órgão Administrativo e Judicial decidiria reconhecer e publicar, isso dependeria deles.
Bianca pensou que como as doações anteriores não haviam sido divulgadas, dessa vez também não deveria ser.
Por que essa vez foi divulgada?
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Ela doou pratas realmente com boas intenções, querendo ajudar os cidadãos afetados, não para se exibir.
Bianca estava chateada, mas Paola estava muito feliz. Ela mandou alguém verificar e viu que a Casa do Príncipe de Kaverez doou trezentas pratas. Ela riu alto:
Trezentas pratas, como eles tiveram coragem de ser tão mesquinho? Vou perguntar à Consorte–Mãe Helena quando entrar no palácio daqui a alguns dias.
O Príncipe de Kaverez era filho da Consorte–Mãe Helena e se casou com uma jovem da família da Imperatriz, então sua fortuna era imensa.
Bianca contraiu os lábios, dizendo:
– Sogra, estamos fazendo uma boa ação, se começarmos a comparar com os outros, isso muda de natureza, é melhor não falarmos sobre isso.
Paola achava que era uma pena. Agora, as oportunidades de zombar da Helena eram poucas.
Mas se lembrando do que sua irmã havia pedido, que ela deveria ouvir a nora na casa, e que as palavras dela eram sensatas, Paola apenas assentiu relutantemente, murmurando:
– Está bem, então não vou falar mais sobre isso.
Bianca lançou um olhar para ela, e percebeu uma coisa. “Ela está mais obediente do que o Niko?”
Antes de se casar com Isaac, ela pensou que Paola seria difícil de lidar, mas em poucos dias estavam se dando muito bem.
Todas as manhãs, não era Paola quem esperava os cumprimentos matinais da Bianca, mas Paola
que vinha diretamente, dizendo que queria tomar café da manhã juntas, o que era um pouco invertido.
O mais importante era que ela ainda se mudou para o pátio ao lado da Bianca, chamado Lar da Ética, e mandou plantar ameixeiras, parecendo querer se aproximar mais da nora.
No meio desse alvoroço, Bianca estava cansada de se importar. Agora que a situação dos desastres naturais estava se acalmando, ela chamou Annabelle para perguntar sua opinião sobre Breno.
Ao ouvir a cunhada mencionar o casamento, Annabelle imediatamente ficou envergonhada. Suas bochechas ficaram vermelhas, e ela começou a torcer o lenço, perguntando:
– Cunhada, de qual jovem Sr. Menezes você está falando?
Bianca cruzou os braços, falando:
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– Ué, aquele Breno da família Menezes, que fica na Rua do Pinheiro.
Annabelle ficou confusa. “Rua do Pinheiro? Qual Rua do Pinheiro? A Casa dos Menezes não fica na Rua das Pedras, que é na rua exterior da Casa do Príncipe de Bermines?”
Bianca riu:
– Você
quer continuar se fazendo de desentendida, não é?
Annabelle percebeu que tinha caído na pegadinha da cunhada e sua bochecha ficou ardendo. Ela se virou e saiu correndo, reclamando:
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Cunhada, você é muito malvada!
Ela saíu por um tempo, mas logo voltou.
Com os olhos brilhando, Annabelle murmurou:
Breno… Eu gosto dele.
Depois e dizer isso, ela deu alguns gritinhos de vergonha e saiu correndo.
Bianca acabou rindo.
Mas ainda precisava esclarecer melhor a situação, então mandou Roxy ir buscá–la de volta e prendê–la na cadeira.
– Você já o viu?
Os olhos de Annabelle brilhavam suavemente ao responder?
– Sim, ele já foi ao palácio para cumprimentar a Imperatriz, foi quando eu o vi.
–
– O que você gosta nele?
–
Bianca perguntou.
–
Não sei, apenas gostei à primeira vista.
Bianca também não sabia como era a aparência de Breno. Se alguém gostava de outra pessoa logo no primeiro olhar, na maioria das vezes era amor à primeira vista, e o amor à primeira vista tinha muito a ver com a aparência.
– Então, a cunhada quer que eu mande alguém para dar uma sondada?
Isso não cabe a mim decidir, é algo que a mãe e a cunhada devem decidir. – Annabelle sorriu, sem conseguir esconder sua alegria. – Mas tanto faz, podem
Mas tanto faz, podem ir sondar para ver.
O casamento de uma princesa, na verdade, nem precisava de perguntas. Se ela gostasse de alguém, bastaría pedir ao Imperador um decreto imperial de casamento e pronto.
No entanto, Bianca ainda queria saber a opinião de Breno. Se ele estivesse apenas cedendo à pressão da realeza e fosse obrigado a casar, então a vida conjugal provavelmente não seria feliz
Ela já sabía a opinião da Imperatriz. Os jovens da família Menezes eram todos excepcionais. Se um deles tivesse que se casar com uma princesa, Breno, o filho do terceiro homem da família Menezes, que parecia o menos promissor, era o mais adequado, pois assim não desperdiçariam os outros bons herdeiros da familia Menezes.
Mas a Consorte–Mãe Paola não estava muito satisfeita. De fato, ela queria uma aliança matrimonial com a família Menezes, mas, de preferência, com Rafael, o quinto jovem da familia Menezes. Breno pertencia ao terceiro homem da família, que não tinha grandes perspectivas.
Além disso, Breno também não era alguém particularmente talentoso. Não se destacava nos estudos e passava os dias mexendo com uma coisa ou outra, parecendo ser inútil.
Por isso, quando Bianca perguntou a Paola, ela ficou em silêncio por um momento antes de responder:
