Capítulo 372
Princesa Francis estava bastante aborrecida, ordenando:
–
Traga elas para dentro, mande esperarem na sala lateral por um tempo, não é necessário convidá–las para a sala principal. Vamos terminar a refeição antes de sair para encontrá–las.
O mordomo foi pessoalmente recebê–las e, ao ver que estavam trazendo algo, que não parecia ser um presente, perguntou:
–
O que a Consorte–Mãe trouxe?
Paola estava prestes a dizer “registros“, mas Bianca foi mais rápida:
– Alguns manuscritos antigos para serem revisados pela Princesa Francis.
Os olhos do mordomo se iluminaram. “Manuscritos? Seriam os manuscritos do Sr. Lorenzo?”
Ele imediatamente ordenou que preparassem chá e petiscos, para recebê–las devidamente primeiro antes de informar a Princesa Francis e a Princesa Soraia.
–
Manuscritos? São do Lorenzo? – Francis perguntou calmamente.
– Não sei, ela não disse, e não ousei perguntar. – Respondeu o mordomo, se curvando.
Soraia só soube da história das pérolas negras e das três mil pratas mais tarde, e ficou muito irritada ao ouvir.
Agora, ao vê–los trazendo manuscritos antigos, ela riu friamente:
– A Paola provavelmente pensou que, ao recuperar as pérolas negras, tenha te deixado brava, então chamou Bianca para acompanhá–la e enviou os manuscritos de Lorenzo como uma forma de compensação. É bom que ela tenha tido esse bom senso.
Francis a olhou com reprovação, dizendo:
–
Se você continuar usando esse cérebro na casa de seu marido, em menos de três anos, sua sogra vai te expulsar.
Ao ouvir a menção à sogra, Soraia fez uma careta, reclamando:
– Aquela velha bruxa, um dia eu a enveneno.
Francis disse friamente:
-Ah, se aquiete! Não cause problemas, sempre precisa que eu limpe a sua bunda. Acha que lidar com sua sogra será fácil? Deixe essas palavras ousadas para quando você conseguir se aproximar dela.
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Soraia, frustrada, murmurou:
– Tudo bem, esquece a velha bruxa. Por que a mãe acha que aquelas desgraçadas estão aqui?
Francis largou os talheres. A criada lhe entregou água para enxaguar a boca, e depois um lenço para limpar os lábios.
Ao jogar o lenço na mesa e se levantar, a criada lhe entregou a capa, que ela colocou antes de sair e dizer:
–
Vamos descobrir.
Soraia, vendo isso, também vestiu a capa e seguiu.
Na sala lateral, Francis viu várias caixas no chão e sua testa se franziu instantaneamente.
Elas eram muito mais do que familiares para ela, eram os cadernos de registro da Loja de Ouro que lhe enviavam para revisão anualmente.
Cada ano era enviado em uma caixa, e agora havia seis delas no chão.
Pelo jeito, todos os registros de entrada e saída dos últimos anos estavam ali.
Embora a Loja de Ouro parecesse ser de Soraia, na realidade, era dela. Naturalmente, ela não admitiria ser a proprietária da Loja de Ouro, que copiava os estilos da Joalheria do Brilho.
Soraia também reconheceu e exclamou:
-Esses não são os registros da Loja de Ouro?
Bianca se levantou com um sorriso radiante, cumprimentando:
– Tia, prima, nos encontramos de novo. Saudações!
Soraia estava com uma cara sombria. Ela foi direta:
Pare de falsidade. Por que vocês vieram?
– Soraia, não seja rude. – Francis se sentou lentamente e repreendeu Soraia de leve.
Soraia se sentou com força. Seus olhos passaram rapidamente pelos registros no chão e sua expressão mudou ligeiramente, mas logo voltou ao normal.
– Consorte–Mãe Paola, o que isso significa? – Paola apontou para as caixas no chão, não perguntando a Bianca, pois só uma tola faria isso. Obviamente, ela pegaria a pessoa mais frágil para pressionar.
Bianca também sabia que só uma tola deixaria Paola falar primeiro. Ela sorriu e disse:
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– Bem, ontem, ouvi da minha sogra que ela e minha prima abriram uma joalheria juntas. Ao investigar, descobri que era a Loja de Ouro. Que coincidência! Antes do meu casamento, meu irmão Lorenzo comprou um grande bracelete de ouro para mim na Loja de Ouro.
Ela estava sorrindo abertamente, sem um brilho de malícia nos olhos, como se não estivesse
ali
para uma verificação de contas.
Após enfrentá–la algumas vezes, Francis não baixaria mais a guarda diante de seu sorriso. Ela se virou para Soraia e perguntou:
–
Essa Loja de Ouro, é aquela que você disse que abriu em parceria com a Consorte–Mãe Paola, certo?
Soraia respondeu:
– Sim, mãe.
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