Capítulo 377
Depois de exatamente quatro horas, o céu lá fora já estava escuro por completo e o clima estava ainda mais frio.
Um contador com barba comprida veio relatar:
–
Princesa Francis, todas as contas foram verificadas e batem com os números que a Princesa de Bermines tinha em mãos.
– Isso é inaceitável! – Francis jogou outro copo no chão, fazendo um barulho alto que assustou Paola e a acordou imediatamente.
Ela olhou para Francis, ainda sonolenta e confusa, com raiva.
Francis disse com raiva:
–
Que servo desprezível, ousando falsificar contas para roubar o dinheiro da Consorte–Mãe Paola e da Princesa Soraia? Eu vou puni–lo com severidade!
Bianca soltou Paola e disse:
– Agora que tudo está esclarecido, ótimo. Já que o Sr. João o responsável pela fraude, não precisaremos da intervenção da Princesa Francis. Eu mesma vou levá–lo ao Tribunal de Justiça, vou fazer com que ele devolva todo o dinheiro roubado.
–
– Bibi… – Francis falou com uma voz muito mais suave, suspirando. Sua prima também está errada, falhou na supervisão. O fato de tanto dinheiro ter sido desviado e ela não ter percebido é um grande erro. O Sr. João também faz parte da Casa do Marquês do Sol. Se esse assunto se tornar público, será prejudicial tanto para a Casa do Marquês do Sol quanto para sua prima. Aqui está o que podemos fazer: você entrega essa pessoa para mim, e eu vou fazer com que ele devolva o dinheiro. Se ele não conseguir, então sua prima não terá mais direito aos trinta por cento da participação dela. A Loja de Ouro será completamente da sua sogra. Vocês já sabem o quanto a Loja de Ouro lucrou ao longo desses anos, então poderão continuar lucrando no futuro. Ao entregar a Loja de Ouro para vocês, não vão sair perdendo.
–
– Não só não sairemos perdendo, como também teremos lucro. – Disse Bianca sorrindo. – Mas afinal, somos uma família, como posso deixar a minha prima mais velha em desvantagem? Era ela quem estava administrando a Loja de Ouro e os funcionários da loja foram indicados por ela. Nós não sabemos como administrar negócios e pegar a Loja de Ouro de repente pode resultar em prejuízos. No entanto, continuar a cooperação também não parece necessário. Depois de algo assim acontecer, é difícil não ter ressentimentos. Parentes, é melhor não fazer negócios juntos para evitar problemas futuros. Portanto, decidimos retirar nossa participação.
Ela pegou um contrato e continuou:
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Se houvesse prejuízo, o valor que investimos será calculado de acordo com as perdas. Mas como a loja está lucrando agora, de acordo com a nossa participação, deveríamos receber uma parcela maior. No entanto, como mencionei antes, somos todos parentes e não precisamos ser tão calculistas. Apenas pegaremos de volta o que investimos ao longo dos anos, juntamente com os lucros. Quanto ao excedente, não precisamos.
Soraia olhou para o valor total nas contas, mais de 260 mil pratas, era melhor matá–la!
–
– Não, eu não concordo! – Ela ficou pálida. – Já que estamos nisso juntos, a decisão de quem fica ou sai não é sua para tomar sozinha.
– Isso é fácil de se resolver! – Bianca empurrou os cadernos de contabilidade e olhou para cima. – Vamos vender a loja. A partir de amanhã, vamos colocar uma placa de venda na frente da loja. Mas antes de vendermos, precisamos acertar as contas. Quando a loja for vendida, dividiremos os lucros de acordo com uma proporção de setenta trinta.
Vender a loja? Soraia não poderia estar mais feliz. A reputação da Loja de Ouro era ruim e não renderia muito dinheiro de qualquer maneira.
– Vamos vender, então. – Concordou Soraia.
–
Bianca sorriu, falando:
Se a prima concorda, ótimo. Quanto a essa parte da divisão, você pretende enviar primeiro Sr. João ao Tribunal de Justiça ou que você adiante essa quantia por ele primeiro?
Ao lado, Paola ficou atônita com a conversa delas. “Isso não era o que tínhamos discutido anteriormente. Não era para elas nos darem a loja? Como é que acabaram decidindo vender a loja? Se venderem, vão conseguir compensar as 130 mil pratas?”
Francis estava claramente aborrecida, mas o Sr. João definitivamente não poderia ser enviado ao Tribunal de Justiça. Então, ela teria que cobrir essa quantia.
Mais de cem mil pratas, isso era como arrancar um pedaço do seu coração, mas ela teve que dizer com os dentes cerrados:
– Mordomo, vá buscar os cheques.
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