Capítulo 345
Às sete da manhã, a Dona Leda bateu à porta do lado de fora.
Como o quarto era dividido internamente e externamente, a porta do quarto ficava no espaço externo, com uma cortina separando o interior do exterior.
Ao ouvirem a batida na porta, Isaac e Bianca quase simultaneamente abriram os olhos e se sentaram, pois ambos eram pessoas alertas.
Bianca viu que Isaac não estava vestido e ficou surpresa por um momento, até perceber que ela também não estava vestida, então rapidamente agarrou o lençol para cobrir seu corpo.
Seu rosto ficou quente, imaginando que estava corada.
((
Isaac se lembrou da noite anterior e sentiu que não tinha se saído bem, então não teve coragem de olhar em seus olhos. Além disso, ele não estava tão acostumado com essa franqueza corporal“, então, pegou suas roupas de dormir e se cobriu com o lençol para se
vestir.
Depois de se vestir, ele tossiu levemente e disse:
Eu vou sair primeiro, você… Você coloca suas roupas de dormir primeiro, depois chama alguém para te ajudar a se vestir.
“Por que tudo parece tão constrangedor? Nem mesmo ouso olhar nos olhos dela.”
Mesmo assim, deu uma olhada furtiva. Ela acordou com uma expressão de confusão, mas
muito bonita.
Hoje eles precisavam servir chá para a mãe de Isaac e, conhecendo o temperamento da Consorte–Mãe Paola, Bianca esperava que ela fosse dificultar as coisas, então não queriam demorar para evitar qualquer oportunidade de crítica.
Ele foi abrir a porta e a Dona Leda estava do lado de fora com as cinco servas e a Dama Almira. Assim que o viu, ela se curvou em reverência:
– Vossa Alteza.
Isaac respondeu:
– Entrem para ajudar a Princesa se vestir.
No entanto, a Dama Almira não estava ali para ajudar Bianca a se vestir. Ela estava lá da Paola para verificar se ela ainda era virgem.
por
ordem
Depois de fazer uma reverência, a Dama Almira entrou no quarto, onde Bianca já estava vestida
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com suas roupas de dormir. Ela se curvou e disse rapidamente:
– Bom dia, Princesa.
Bianca respondeu:
–
Não é necessário, levante.
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Ela encontrou o olhar da Dona Leda e de repente se lembrou que seu pescoço deveria estar cheio de marcas da noite passada, o que não podia ser escondido pelas roupas de dormir.
Ela se sentiu envergonhada por dentro, mas manteve uma expressão calma e tranquila,
dizendo:
–
Todas estão aqui? Então, podem começar a me arrumar.
Isaac normalmente teria um servo para ajudá–lo, mas ele não permitiu que nenhum servo entrasse na suíte real, era necessário que Bibi escolhesse os futuros criados da moradia deles.
Durante os anos de serviço no campo de batalha, o servo que costumava estar ao seu lado agora era um supervisor na casa, então não era apropriado chamá–lo de volta para servi–lo.
O servo que o acompanhou nos últimos dias havia sido temporariamente designado por Arthur e não havia estabelecido uma relação de confiança. Ele poderia ser substituído.
Ele nunca permitiu que servas o servissem, especialmente em questões pessoais, e certamente não permitiria que tocassem nele.
Por isso, ele pegou um conjunto de roupas e foi atrás da tela divisória para se trocar. Quando estava prestes a entrar, viu a Dama Almira mexendo na cama deles e a interrompeu:
—
Dama Almira, o que está fazendo?
A Dama Almira já havia mexido nas roupas de cama, vendo as marcas de sangue dos lençóis, riu com um sorriso enrugado, dizendo:
– Nada, nada, só estou pegando os lençóis para serem lavados.
Bianca sabia o que estava na cama, seu rosto corou instantaneamente. Quando Pérola preparou a água, ela começou a se lavar e se vestir, ignorando o que a Dama Almira estava fazendo.
A Dama Almira chamou duas criadas para levar os lençóis para fora e rearrumar a cama. A Dona Leda olhou para a cena, sentindo uma mistura de tristeza e alívio.
Ela lamentava que Bianca tivesse passado um ano na Casa do General e se sacrificado tanto sem reconhecimento de seus esforços.
Mas ela estava aliviada por não ter sido Renato o primeiro a tirar a virgindade da senhorita e sim o Príncipe. Com aquelas marcas nos lençóis, ninguém na Casa do Príncipe ousaria
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questionar a pureza dela.
Bianca usava um traje formal, pois teria que entrar no palácio para visitar a Imperatriz–Mãe e o Imperador, então a Princesa Consorte precisava se vestir adequadamente.
Seu traje formal era de gola vermelha com lapelas cruzadas, mangas amplas bordadas com fios de ouro e prata com fênix e peônias.
A túnica azul escura tinha um colar redondo, com padrões de fênix e nuvens nas costas e no peito bordados com fios de ouro, havia também um pingente de fênix e dragão em jade.
Ela usava uma coroa com nove camadas, decorada com uma nuvem auspiciosa no topo, um pente dourado de fênix e nove pérolas e onze jades. Nove jades decoravam a frente da coroa, com um aro de jade na base, com pingentes de joias de ouro e pérolas.
Assim, a aura poderosa e digna de uma Princesa Consorte emanava de Bianca.
Devido ao tempo frio, a Dona Leda a fez vestir uma capa vermelha. Como não poderia usar o capuz por causa da coroa, ele pendia naturalmente para trás. A capa tinha bordas brancas e o capuz era guarnecido com pele branca, conferindo a ela uma aparência graciosa e charmosa.