Capítulo 336
Soraia, ao lado, riu e disse:
– Mãe, isso não vai dar certo. Se a Bianca perguntar e culpar a Consorte–Mãe, isso não seria… Aiai, vamos parar de falar disso, a Consorte–Mãe não ousaria.
Basicamente, Paola estava sendo completamente controlada por essa dupla de mãe e filha. Ela era “ingênua” de uma maneira um tanto aterrorizante e particularmente suscetível à incitação.
Ela respondeu imediatamente:
– São apenas algumas pérolas negras, não é? Ela realmente ousaria ficar brava comigo por elas?
Apenas um momento atrás, Paola estava preocupada que, com o apoio poderoso por trás da Bianca, ela não conseguiria se estabelecer como a sogra, mas agora, com apenas algumas palavras, já se achava muito capaz, super capaz, extremamente capaz.
Ela se levantou imediatamente, ergueu o queixo, levou a Dama Almira e se dirigiu para o salão
lateral.
Naquele momento, do lado de fora, as pessoas estavam desfrutando da festa e fazendo brindes, com apenas alguns guardas vigiando o enxoval. Afinal, os convidados presentes eram todas figuras proeminentes, e ninguém se atreveria a fazer algo inapropriado.
Os guardas que vigiavam o enxoval foram arranjados pelo conselheiro Arthur. Quando a Consorte–Mãe Paola chegou, eles não suspeitaram dela. Apenas saudaram e a deixaram entrar.
Paola, com as mãos atrás das costas, deu uma volta na sala cheia de itens de enxoval. Era quase impossível se locomover, já que estava praticamente cheio, deixando apenas uma passagem estreita para as pessoas caminharem.
Quatro caixas de pérolas negras estavam dispostos em fileira, abertas. Cada uma era redonda e brilhante, com um brilho único que as pérolas comuns não poderiam igualar.
–
– Quatro caixas, devem somar uns cem quilos? Céus, nunca vi tantas pérolas negras na vida. – Paola murmurava para si mesma, chocada mais uma vez.
A Dama Almira sentiu que a Princesa Francis tinha más intenções, então sussurrou:
–
– Consorte–Mãe, não é apropriado alguém da sua posição se envolver em tais ações. Se a
senhora pegar o enxoval de sua nora, não vai soar bem se isso vazar.
Paola olhou para ela como se ela fosse uma tola, dizendo:
– É claro, como eu poderia fazer uma coisa dessas?
–
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Capítulo 336
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A Dama Almira tocou o peito aliviada, temendo que a Consorte–Mãe realmente tivesse caído na cilada daquelas duas.
Mas antes que ela pudesse respirar aliviada, a Consorte–Mãe disse:
– É claro que eu não vou pegá–los. Por que mais eu te traria aqui? Com certeza é você quem vai pegá–los.
A Dama Almira ficou boquiaberta. “O quê?”
– Do que você tem medo? Se algo acontecer de verdade, você acha que eu não posso te proteger? – Paola olhou para fora e sussurrou. – Rápido, pegue uns três, ninguém vai perceber. Com tantos aqui, mesmo se pegarmos uma dúzia, ninguém vai saber.
Dama Almira não podia acreditar no que ouvia.
“Essa é realmente a mesma garota que eu criei desde pequena? Como ela pode me colocar nessa situação? Me fazer virar uma ladra em plena velhice? Mas… Mas o que eu poderia fazer? Essa é a jovem que criei com todo mimo do mundo, essa é a consequência, eu mereço.”
Aquela era a primeira vez que a Dama Almira roubava algo e ela estava muito nervosa. Embora Paola estivesse bloqueando a visão de fora, sua mão ainda tremia ligeiramente ao se estender.
Com o coração saltando loucamente, ela agarrou um punhado e, sem saber quantas eram, rapidamente as colocou no bolso, depois se virou como se nada tivesse acontecido. Felizmente, ninguém do lado de fora olhou para dentro. Afinal, era a Consorte–Mãe Paola, e quem poderia imaginar que uma Consorte–Mãe iria roubar algo?
Paola, acompanhada pela nervosa Dama Almira, deu uma volta, falando alto propositalmente:
– Hmm, de fato, este enxoval é bem generoso, tem muitos tesouros exóticos.
A Dama Almira tocou a testa, suando frio em um dia tão gelado.
– Ótimo, vamos sair. Temos convidados para receber. – Disse Paola e saiu pela porta.
A Dama Almira a seguiu imediatamente, o sentimento de culpa por agir como uma ladra a
torturava.
“Que os deuses me perdoem, eu não tinha escolha!”
Assim que Paola e a Dama Almira saíram, o guarda na porta trocou olhares com outro guarda, que assentiu e saiu rapidamente para encontrar o conselheiro Arthur.
– É sério? – Perguntou Arthur, franzindo a testa.
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-Eu não ousaria difamar a Consorte–Mãe, nem ousaria impedir, com medo de envergonhá–la. – Disse o guarda.
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Capitulo 336
+25 BONO:
– Está bem, volte e fique de guarda. Ninguém deve espalhar isso. – Ordenou o conselheiro Arthur.
O guarda partiu. Arthur pegou um copo de vinho, circulando entre os convidados.
Espiando de um canto, conseguindo ver claramente do outro lado onde as mulheres estavam. A Consorte–Mãe Paola estava falando com a Princesa Francis, então deu algo a Princesa
Francis.
Arthur viu claramente a partir desse ângulo, eram pérolas negras, pelo menos cinco ou seis delas.
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