Capítulo 331
Dentro da Casa do Príncipe, Bianca ouvia uma grande confusão de vozes, misturadas com muitos parabéns. Algumas vozes eram familiares, outras estranhas.
E havia aquela voz irritante da Princesa Francis, e a insuportável Princesa Soraia também estava presente.
“Droga, o meu casamento foi poluído!”
Seu irmão Lorenzo era o mais popular entre os convidados, ofuscando um pouco o brilho da noiva. Mas, não fazia diferença, pois Roxy se aproximou silenciosamente e, segurando sua mão, disse:
– Adivinhe quem sou eu?
–
– Infantil! – Bianca riu. – Você é o Madeira.
– Você é que é o Madeira! – Roxy riu. – O Madeira deve estar lá na sala lateral, ele é parte do
enxoval.
Bianca riu também, se sentindo menos nervosa.
Sem saber exatamente o que estava acontecendo, ela estava ali de pé, ouvindo sobre a preparação do altar de oferendas. Sua mente vagava, pensando se estavam preparando o altar para ela e Isaac se tornarem irmãos de juramento.
“Haha, uma ideia engraçada.”
Bem, na verdade não era engraçado, mas sua mente não conseguia parar de divagar, já que ela não podia ver nada.
Então ouviu alguém chamando a Consorte–Mãe Paola para sentar no assento principal, se preparando para a cerimônia de se reverenciar aos céus e aos pais.
Logo depois, houve um tumulto, parecia que Paola se sentou e alguém pediu outra cadeira, pois Hélio precisava se sentar para ser reverenciado por eles.
Mas Hélio era o mestre de Bianca, e a noiva deveria ter se despedido de seus pais em casa antes de chegar ali. Como poderiam realizar a cerimônia de reverência da noiva na casa do noivo?
Isso não estava certo!
Mas, não importava, Cássio agiria.
Então sua voz severa reverberou:
– Eu sou o mestre de Isaac, tem algo de errado em eu receber uma reverência dele?
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Em resumo, os membros da Seita dos Mil Saberes insistiam que alguém da família da noiva estivesse presente para receber a adoração.
Quem se importava com as regras? No mundo das artes marciais, quem tinha o punho mais forte ditava as regras.
A lógica de Cássio era clara. Como mestre, ele sentado ali não seria um problema.
Depois, Cássio disse que seu irmão mais velho da seita estava de pé, e ele sentado, o que não era apropriado. Havia tal regra desrespeitosa na capital?
Essa pergunta retórica fez todos pensarem e concordarem. No fim, Hélio conseguiu sua cadeira.
Assim, uma enorme fita de cetim larga com um laço no meio, simbolizando a conexão entre seus corações, foi colocada na mão de Bianca, com Isaac segurando a outra ponta. Os dois ficaram lado a lado.
Essa parte era familiar para Bianca, que quase sem hesitação se virou para fora, até mesmo instruindo Isaac:
– Vamos reverenciar os céus e a terra primeiro, temos que encarar para fora.
Isaac se virou lentamente, sua voz calma e tranquila:
– Siga as ordens do cerimonialista. Hoje, quem preside nosso casamento é o Redator do Ministério de Ritos.
Bianca não disse nada, ciente de sua fala indevida.
Afinal, era injusto para ele se casar com uma mulher de segundo casamento, então ela decidiu não tocar mais no assunto.
Após a cerimônia de reverências, Bianca foi conduzida para a suíte nupcial. O caminho foi longo e ela não pôde tirar o véu vermelho durante todo o percurso. O véu seria levantado por Isaac quando chegassem ao quarto.
A casamenteira entraria para dizer palavras auspiciosas, seguida por várias pessoas oferecendo presentes. Após o véu ser erguido, eles iriam beber o vinho da união. Bianca permaneceria no quarto enquanto Isaac ia cumprimentar os convidados. Mais tarde, durante o banquete, sairiam juntos para fazer brindes.
Esse ritual era familiar para ela. Quando entraram na suíte nupcial, o protocolo seguiu exatamente como Bianca conhecia.
A casamenteira entrou, fazendo uma série de felicitações, os desejando uma vida conjugal longa e feliz, com muitos filhos. Dona Leda estava lá para testemunhar o momento.
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Depois dos cumprimentos, a casamenteira entregou a Isaac um palito dourado longo, sorrindo enquanto dizia:
Ao levantar o véu, muita prosperidade e longevidade.
Isaac controlou sua respiração, estendendo o palito na direção de Bianca, com leve tremor.
Bianca viu o palito se aproximando, e logo se erguendo suavemente sob seu queixo. Ela inclinou a cabeça para trás bruscamente, fazendo o palito escapar de seu queixo e repousar suavemente sobre o véu, erguendo–o devagar.
Bianca pensava: “Se eu não tivesse inclinado a cabeça para trás, o palito não teria espetado meu queixo? Ah, que perigo.”
Isaac pensava: “Eu acabei cutucando o queixo dela com o palito? Ah, que nervosismo!”
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