Capítulo 233
A senhorinha insistiu em receber apenas cinco pratas, não importando o quanto Bianca tentasse convencê–la a aceitar mais.
Bianca teve que aceitar esse gesto.
Ao partir, a matriarca da Casa do Marquês do Sol disse:
–
Parece que temos uma conexão, jovem. Se tiver tempo no futuro, você pode vir à Casa do Marquês do Sol como convidada, ou então, posso visitar a Casa do Duque do Norte para
conversarmos.
Isso indicava uma amizade futura entre as duas famílias.
Bianca sabia que isso não era bajulação, ela também conhecia um pouco sobre a tradição da Casa do Marquês do Sol. Eles não precisavam bajular ninguém, pois eram uma família centenária com muitos membros servindo na Corte, incluindo alguns com altos cargos.
De qualquer forma, ter mais amigos sempre era melhor do que ter mais inimigos, e realmente tiveram uma certa afinidade por causa daquele bracelete.
Bianca sorriu e acompanhou pessoalmente a senhorinha até a saída, dizendo:
– É uma honra ter essa conexão com a senhora.
Depois de se despedir da velhinha, Bianca foi para a antiga moradia de sua mãe, Lar dos Olhos. Ela se sentou no divã favorito de sua mãe e colocou o bracelete em seu pulso. Ao fechar os olhos, as lágrimas começaram a cair.
Pérola não ousou interrompê–la e chorou sozinha em silêncio do lado de fora.
A dor no coração de Bianca era algo que ela nunca expressava e não queria que os outros
vissem.
Dona Leda e Dona Amarilda sabiam sobre o bracelete.
Durante o jantar, Dona Leda mencionou essa antiga história.
Observando os olhos inchados de Bianca, ela suspirou:
– A Sra. Melissa estava relutante naquela época, mas como a Joalheria do Brilho não se pronunciou imediatamente e a outra parte era a matriarca da Casa do Marquês do Sol, a senhora não queria criar atritos desagradáveis com a Casa do Marquês do Sol por causa de um bracelete, temendo ressentimentos que poderiam prejudicar a família, que só restava viúvas
Dona Leda suspirou. – Então a senhora cedeu o bracelete. Ela pensou em encomendar outro na Joalheria do Brilho, mas por um lado era tarde demais, e por outro, aquela senhora já
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tinha um, então a Sra. Melissa achou que não valia a pena. Ela queria que este bracelete fosse único.
Dona Amarilda enxugou as lágrimas e disse com a voz embargada:
– É surpreendente como, após tantas reviravoltas, esse bracelete tenha retornado às suas mãos, era parte do enxoval que a marquesa preparou para a senhorita. Que coincidência, não é? Antes de casar com o Príncipe de Bermines, esse bracelete voltou para as mãos da senhorita. Talvez não seja uma coincidência, talvez aquele desejo profundo da marquesa esteja infundido nesse bracelete.
Bianca também sentiu que talvez fosse o desejo de sua mãe, pois sua mãe havia dito que seus irmãos a protegeriam ao se casar, e as seis pedras preciosas representavam esses seis irmãos.
Talvez, por causa deste bracelete, ela de repente começou a ansiar pelo casamento com Isaac.
Não era por esperar que Isaac a amasse, afinal, ele já amava outra, e mesmo que não amasse outra, ela sabia o quão difícil era desejar o amor de um homem, onde o dar geralmente superava o receber.
Era
porque ela sentia que, ao se casar com ele, a vida poderia ser tranquila, como sua mãe havia previsto.
Isaac já está na Montanha Merinda há vários dias, e Bianca não sabia quando ele voltaria. Quando ele retornasse, provavelmente traria notícias ou cartas da seita.
Bianca se lembrou de seu mestre e se sentiu bastante culpada. Já se passaram três ou quatro anos desde que ela retornou à capital e ela não visitou ele nem seus irmãos da seita nem uma
vez.
Quando ela se casou com Renato, ela também não os convidou para o casamento. Naquela época, o casamento foi discreto, já que sua mãe não queria extravagância, então não houve convite aos membros da seita.
Sua mãe também mencionou que uma vez que Renato voltasse vitorioso da batalha, ela o levaria para Montanha Merinda para prestar homenagens ao seu mestre.
Mas essa oportunidade nunca surgiu.
Na verdade, antes de se casar, quando soube que Renato iria para o campo de batalha, sua mãe estava muito preocupada. Talvez naquele momento ela tenha tido alguns arrependimentos.
Depois de uns três dias, Isaac ainda não havia retornado.
Enquanto isso, a cidade ainda estava cheia de fofocas. Inicialmente, eles amaldiçoaram Bianca, mas agora estavam amaldiçoando a Princesa Soraia e até fofocando sobre a Casa da Princesa.
No passado, a Casa da Princesa era como um recipiente lacrado e nenhuma informação vazava.
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Mas agora, esse recipiente estava vazando e a notícia sobre as concubinas do marido da princesa, Gabriel Cortez, se espalhou. Diziam que o Sr. Gabriel havia tomado no mínimo vinte concubinas ao longo dos anos, mas apenas algumas ainda estavam vivas e raramente saía de
casa
Os segredos dos grandes e poderosos eram o assunto favorito de especulação entre o povo comum, que adorava criar histórias. Falar sobre esses assuntos após as refeições não apenas aliviava o tédio, mas também proporcionava uma sensação de excitação ao explorar mistérios.
Alguns diziam que essas concubinas haviam todas morrido pelas mãos da Princesa Francis porque ela era ciumenta. Outros argumentavam que era impossível; se a Princesa Francis era ciumenta, por que permitiria que seu marido tivesse concubinas? O marido de uma princesa só
poderia ter concubinas com a permissão da princesa.
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