Capítulo 224
Francis sorriu lentamente. Sim, era hora de tirar arrancar alguns frutos dessa árvore da fortuna.
No Palácio da Primavera, Paola espirrou violentamente.
Ela estava querendo tirar uma soneca à tarde, quando ouviu que Princesa Francis e Princesa Soraia estavam chegando.
Dama Almira franziu a testa, quando essa dupla de mãe e filha vinham juntas, só podia ser por um motivo.
Alguns anos atrás, Princesa Soraia e a Consorte–Mãe Helena abriram uma loja de cosméticos e ganharam algum dinheiro.
Paola, que sempre quis estar à frente, ao ouvir que elas estavam lucrando, também pensou em abrir uma loja, mas na época não queria se associar a Princesa Soraia, preferindo envolver um sobrinho da família.
No entanto, Princesa Soraia procurou Paola, dizendo ter uma fórmula exclusiva que poderia produzir cosméticos tão bons quanto os do palácio, pedindo 120 mil pratas para abrir a loja juntas.
Paola não confiava em Soraia, então Princesa Francis interveio, sendo sarcástica com Paola, dizendo que ela estava insinuando que elas não eram confiáveis e com medo de ser enganada por elas. Paola, que já as temiam por natureza, ao ver a expressão sombria de Francis, entregou o valor que elas pediram.
Nos últimos anos, a loja de cosméticos nunca deu lucro e sempre estava em prejuízo. De tempos em tempos, elas pediam mais pratas, e mesmo reclamando, Paola não podia se recusar, com medo delas espalharem boatos de que ela era pobre ou mesquinha.
Ao longo desses anos, Soraia retirou quase milhões de pratas dela, tudo por essa loja de cosméticos que
ela nem sequer já viu.
Dama Almira acompanhou Paola por tantos anos, desde a casa onde nasceu até o palácio, naturalmente sentia pena de suas riquezas, então sugeriu:
Provavelmente elas estão vindo pedir dinheiro de novo, Consorte–Mãe. Essa loja de cosméticos não está dando lucro. Que tal encerrar tudo, para não precisar dar dinheiro de tempos em tempos? Nos últimos anos, gastamos muito com isso.
Paola também sentiu que a loja de cosméticos havia sido um fracasso, mas fechá–la a faria se sentir envergonhada. A loja de cosméticos da Consorte–Mãe Helena sempre estava lucrando, enquanto a dela estava no vermelho. Ela não acreditava que continuando a administrar a loja,
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ela continuaria perdendo dinheiro.
Ela não se importava com os lucros, apenas queria superar a Helena, mantinha essa loja por puro orgulho.
Com esses pensamentos em mente, ela chamou Princesa Francis e Princesa Soraia para dentro e, como esperado, era sobre a loja de cosméticos. Paola não pôde deixar de reclamar:
– Como é que a loja que você abriu com a Consorte–Mãe Helena está sempre rendendo prata, enquanto a minha, que é maior que a de vocês, está sempre no vermelho? E aquela fórmula exclusiva que você mencionou antes?
Soraia já havia preparado um conjunto de desculpas que ela usou inúmeras vezes, basicamente dizendo que precisava de tempo para se estabelecer, construir uma reputação através de promoções, e que era natural ter prejuízos no início, mas que assim que a reputação fosse estabelecida, o lucro fluiria como água.
Essas desculpas não convenceram Paola. Ela não esperava lucrar muito, apenas queria superar
Helena.
No entanto, Francis simplesmente levantou os olhos e disse friamente:
–
O que foi? A Consorte–Mãe Paola não tem mais pratas? Se realmente não tiver, então venda sua parte para a Consorte–Mãe Helena, ela sempre disse que queria.
Com essa afirmação, Paola ignorou os gestos de Dama Almira para ela não ceder e mandou buscar a prata.
Ela acabou entregando mais 120 mil pratas. Princesa Francis e Princesa Soraia partiram muito satisfeitas.
Assim que a dupla de mãe e filha saiu, Dama Almira disse com pesar:
– Senhora, não podemos continuar assim. Essa loja de cosméticos é um poço sem fundo, não importa o quanto a senhora invista, nunca será o suficiente. Não seria melhor vendê–la?
Paola também estava com dó das pratas investidas. Sentada em sua cadeira com o semblante sombrio, ela murmurou:
– Não faz sentido que a loja que ela e Helena abriram esteja lucrando, enquanto a minha não. A minha tem dois andares, é muito maior que a delas, com uma grande variedade de produtos e qualidade superior. Em breve, com o tempo, certamente será lucrativa.
Dama Almira disse:
– É possível que a loja esteja lucrando, mas elas estejam escondendo isso de você, dizendo que estão sempre no prejuízo.
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Como eu não saberia? Tem registros financeiros, são enviados para cá sempre, e você não é a responsável por cuidar deles?
–
Os registros podem ser falsificados. – Dama Almira suspirou. – Da próxima vez que elas vierem pedir dinheiro, não podemos mais ceder. Considere o que já foi dado como
investimento perdido.
Paola reclamou consigo mesma: “Eu realmente não queria dar mais dinheiro, mas quando os olhos de Princesa Francis se voltavam para mim, senti um pouco de medo inexplicavelmente. Além de tudo, eu não queria perder a minha dignidade.”
De repente, ela se lembrou de Bianca. “Se fosse Bianca, ela daria essas pratas?”
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