Capítulo 129
Ele olhou para Fabiana como se ela fosse uma estranha.
Essa pessoa diante dele, tão diferente da Fabiana que ele amava, ela era cruel e fria como um demônio.
Por causa dessa pessoa, ele sacrificou todas as suas conquistas militares, traindo suas promessas à Bianca.
Ele era o maior tolo do mundo.
Antes, ela falava sobre devoção e heroísmo, que as mulheres não deveriam estar confinadas às casas, mas sim assumir a responsabilidade de proteger a família e a nação, expressando uma grande determinação na época, seus olhos cheios de calor e brilho.
Renato caiu no chão, seu rosto mostrava uma mistura de choro e sorriso, e então ele começou a rir loucamente, um riso quase insano.
Esse riso assustou Fabiana, que, suportando a dor, se ergueu e o encarou com surpresa, perguntando:
Renato… O que há de errado com você? Não me assuste.
Renato ria enquanto as lágrimas escorriam. Ele cobriu o rosto com as mãos, seus ombros tremendo, as lágrimas escapando pelos dedos.
De repente, ele tirou as mãos do rosto, encarando Fabiana com uma expressão ameaçadora e dizendo:
É você, que matou a família inteira de Bibi, todos eles foram brutalmente assassinados por sua crueldade com os reféns de guerra e o massacre dos civis!
O olhar de Renato aterrorizou Fabiana, e ela balançou a cabeça instintivamente, negando:
– Não, foram os soldados da região Caleste, não tem nada a ver comigo.
Renato olhou com dor para ela, questionando:
– Por que você é uma pessoa assim? Por que seus métodos são tão cruéis? Eles eram civis inocentes e indefesos, como você pôde fazer isso?
Fabiana não via erro em suas ações, retrucando:
Eles estavam escondendo um general da região Caleste, ordenei o massacre da aldeia apenas para capturá–lo… Renato, não entendo por que você me acha cruel, eu massacrei a aldeia, mas eram todos da região Caleste,. Mesmo que sejam civis, eram civis da região Caleste.
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GMD
Durante a guerra, evitamos ferir civis, não matamos reféns de guerra. – Os olhos de Renato ficaram vermelhos de raiva, seus dentes doendo de tanto apertá–los. – Este é o acordo entre nosso reino e a região Caleste. Antes de irmos para o campo de batalha em Fortaleza de Letuch, repeti isso para você inúmeras vezes, você disse que se lembrava.
Ele gritava, as veias em sua testa saltando:
– Agora me diga, o que você se lembra? Você não só matou os reféns de guerra, mas também massacrou aldeias, que tipo de pessoa você é? Que tipo de pessoa você é??
O olhar selvagem de Renato assustou Fabiana.
Ela chorou, falando:
–
Mas eu assinei o tratado de paz, não foi? O Imperador ficou feliz, toda a Corte ficou feliz, não precisaremos mais guerrear. Morreram milhares de civis da região Caleste em prol disso, o
meu pecado é realmente tão imperdoável assim? – Ela enxugou as lágrimas, sentindo–se com razão, então aumentou a voz. – Vá até Fortaleza de Letuch e pergunte aos nossos súditos do reino S se estão dispostos a sacrificar suas vidas em troca da paz duradoura na fronteira mantida pelo reino S. Acredito que muitos estariam dispostos.
Ao ouvir essas palavras, Renato riu. Ele afagou o cabelo desgrenhado para cima, revelando o rosto inchado e miserável. Sua voz era baixa e cruel ao perguntar:
– E você? Está disposta? Está disposta a sacrificar sua vida pela paz? Se estiver, então por que você xingou tanto antes? Isso não era algo que você deveria suportar? Eles todos morreram, você não está disposta a morrer também? Então morra!
Eu… Fabiana ficou sem palavras.
Renato continuou pressionando:
– Você perguntou aos civis massacrados? Perguntou aos cidadãos de Fortaleza de Letuch? Todos eles concordaram? Hein?
Ele se apoiou na beirada da cama, completamente desmoronado.
Fabiana chorou de novo, retrucando:
Renato, o que você está fazendo? Você me assusta assim. Sofri tanto, e você não apenas não me consola, ainda está me insultando. Mesmo que eu tenha errado, eu também fiz grandes feitos.
Renato olhou para as lágrimas escorrendo pelo rosto dela, misturando–se ao sangue, era verdadeiramente lamentável e coitada.
No entanto, Renato não tinha piedade alguma, muito menos compaixão.
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– Você sabe que todos os seus soldados, exceto aqueles dezoito capturados, estão mortos? Os que não morreram foram castrados, e você foi…
Ele não terminou a frase, mas a expressão em seu rosto era simultaneamente humilhante e complexa.
Fabiana parou de chorar e, após um momento de perplexidade, entendeu o que ele quis dizer, exclamando com pressa:
–
– Você acha que eles… Não, eles fizeram nada comigo, Renato, eles não me tocaram.
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