Capítulo 48
O meu pai agarrou o cajado dela de repente: “Mamãe, a Mirella também tinha boas intenções,
não desconte nela.”
A vovó olhou para o meu pai incrédula: “Você perdeu o juízo? Eu suspeito que o
desaparecimento da Marlene tenha algo a ver com ela, e até agora você ainda a defende. A vida dela importa, e a vida da Marlene não?”
Lágrimas grandes rolavam pelo rosto de Mirella, que negava veementemente com a cabeça: “Vovó, eu estava doente no dia do casamento da minha irmã e não pude comparecer, eu realmente não a vi e não sei para onde ela foi.”
“É verdade, vovó, Mirella sempre foi gentil e amável, se ela soubesse algo sobre o paradeiro de Marlene, certamente nos diria imediatamente. Não há nenhum benefício para ela em esconder essa informação.”
“Mamãe, eu sei que você está preocupada com a Marlene, mas não pode descontar sua raiva na Mirella, que já está em uma condição frágil.”
Enquanto a família Barbosa defendia Mirella com todas as suas forças, Nelson se aproximava dela passo a passo.
Mirella estava ajoelhada e ele estava de pé, seus olhos já não eram tão gentis como antes, apenas frios.
Será que Nelson finalmente enxergou a verdadeira face dessa mulher à sua frente?
Eu o ouvi dizer com frieza: “Mirella, você me enganou? Diga–me a verdade.”
Mirella levantou a cabeça para encontrar seus olhos frios e implacáveis, mordendo os lábios e dizendo baixinho: “Nelson, não enganei.”
“Mirella, convivemos juntos por tantos anos. Eu realmente não espero que você esteja me enganando, entendeu?”
Mirella balançou a cabeça: “Nelson, se você não acredita em mim, eu posso jurar. Se eu tiver qualquer envolvimento no desaparecimento da minha irmã, que eu nunca tenha paz na…”
Ela não havia terminado a palavra “morte” quando Nelson tapou sua boca.
Nelson a ajudou a se levantar: “Eu acredito em você, não faça juramentos tão terríveis.”
Mirella chorava em seus braços, enquanto Nelson a confortava dando leves tapinhas em suas costas: “Chega, não chore mais.”
Olhei para o céu, sem palavras, superestimando Nelson e subestimando Mirella.
A vovó estava furiosa: “Nelson, Marlene desapareceu por causa dela, e você não só não estabelece limites com ela, mas também mostra tanta intimidade, fazendo com que os outros pensem que vocês são um casal. Vocês não têm vergonha, mas a família Barbosa tem.”
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Capítulo 48
“Mamãe, não é tão sério assim. Mirella cresceu na família Lopes como uma meia–irmã, é normal eles terem uma boa relação. O mais urgente agora é encontrar a Marlene.”
Minha mãe murmurou friamente pelo nariz: “Aquela Marlene é uma garota complicada, talvez ela esteja escondida em algum lugar, rindo de nós, querendo nos fazer sofrer de propósito.”
“Exato! Se não por que minha irmã alugaria um apartamento com a ajuda de parentes na Cidade das Flores, reservaria uma passagem e, no final, não viajaria? É claro que ela queria criar uma falsa impressão. Todo mundo sabe que o ciúme e o desejo de vingança das mulheres podem ser intensos. Minha irmã decidiu se esconder de propósito para que ele não a encontrasse para se vingar do marido, nos deixando todos preocupados junto com ele.”
Quanto mais Nelson ouvia, mais ele franzia a testa, cheio de dúvidas.
“Pai, mãe, fique tranquila, com certeza encontrarei Marlene o mais rápido possível.”
Ele soltou a mão de Mirella: “Vovó, eu já disse que sempre vi Mirella apenas como uma irmã. Daqui em diante, vou manter uma distância adequada. Esta será a última vez. Agora, tenho outros assuntos para resolver.”
Nelson saiu correndo e, quando estava prestes a entrar no carro, encontrou um grupo de policiais liderados por Ricardo.
Ele viu Nelson se aproximando e o cumprimentou: “Sr. Lopes, a Sra. Lopes já voltou para casa?”
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